O tempo, como ele passa rápido, e cada vez mais rápido!
Quando penso no passar do tempo, a ansiedade muitas vezes toma conta.
Como se a areia estivesse caindo rápido demais.
Medo de não ter tempo suficiente para realizar tudo aquilo que gostaria, porque para algumas coisas o passar do tempo traz impedimentos - o envelhecer seria o desafio. Nem tanto por me deparar dia a dia com uma pessoa diferente diante do espelho, mas pelas limitações que a idade pode trazer, pelos problemas de saúde que me levam a temer que o final da jornada é sempre sofrido e cheio de tristeza, de dependência. Foi assim com minha família. Isso é vivo em minhas memórias.
E dessa forma vou correndo sem saber para onde, fazendo sem saber o porque... Talvez falte acalmar a dor do sofrimento dos que se foram no coração, o “degustar” melhor o tempo presente.
A rotina cansativa de atividades assumidas talvez seja fuga. Para não olhar com calma para mim e para dentro. Para não ter que decidir para onde ir.
Honrar o tempo foi uma das lições preciosas dessa formação.
Quando passamos a olhar para cada minuto com amor e carinho, com sentimento de presença, talvez a passagem do tempo se torne mais agradável e a esperança de que o futuro traga coisas boas, aumente. Mesmo porque, a única coisa que temos é o tempo presente, é ele que precisa ser cuidado e desfrutado, com alegria e amor.
Ter sabedoria para usar o tempo aproveitando as conquistas que o trabalho trouxe é outra questão importante.
Certamente essa memória de que é necessário trabalhar duro para sobreviver e conquistar as coisas é forte em meu sistema. Sempre foi assim, desde menina. Durante toda minha vida de estudante e no trabalho, os bons resultados sempre foram conquistados à dura pena, requerendo um esforço que muitas vezes me parece ser maior do que o que realmente é.
Agradeço todas as conquistas em minha formação e na minha carreira. E muito! O incentivo de meu pai é algo muito forte em mim.
Mas questiono se o esforço que faço seria mesmo necessário, ou simplesmente resultado de uma crença, até então inconsciente, de que se não sofrer para conseguir algo, não vou conseguir.
A força que coloco na caneta à ponto de cansar e machucar minhas mãos ao escrever, representa a dureza com que escrevo minha história e com que me trato.
Hoje sei que o acreditar que não sou merecedora, que o dinheiro farto é algo distante e errado, vem de longe.
Entendo porque meu pai sempre teve medo de que eu gastasse demais... Meu avô se desfez da fortuna da família, abandonando mulher e filhos em dificuldades. Do lado de minha mãe, tem a questão de minha avó ter sido deserdada, gerando fortes dificuldades financeiras à família que minha avó formou com meu avô.
Uma avó teve o casamento arranjado pela família em função do dinheiro, o que teria resultado numa união que trouxe dor. Já a outra avó teria sido excluída da família de origem por causa da falta de dinheiro de meu avô, com quem teria escolhido se casar por amor. Minha relação com o dinheiro não poderia mesmo ser das melhores... Mas agora eu sei!
E quem sabe assim, sabendo, terei condições de seguir aproveitando o tempo de maneira melhor, esperando um futuro merecido de alegria e acreditando que pode ser fácil obter prosperidade financeira, e saúde.
Quanto à carreira, agradeço de coração cada atividade que tive e a oportunidade de realizar cada uma delas. Olho para cada uma com amor e com a certeza de que me trouxeram onde estou.
Amo estudar, entender e ensinar! Ajudar o outro com conhecimento! Isso move minha vida desde sempre.
Agora é acalmar... meditar onde estou e para onde quero ir, onde quero chegar. Apertar menos a caneta, escrever a vida de maneira mais suave e serena. Não é porque a vida passa rápido que preciso passar rápido por ela, sem senti-la. Pelo contrário! E ninguém pode fazer isso por mim.
Espero sinceramente conciliar tudo que tenho vontade de fazer para obter muitas realizações profissionais durante toda minha vida. Realizações que podem trazer não apenas benefícios pessoais, mas para muitas outras pessoas. Sim, o pensar no outro é algo bom de meu sistema, herdado por meus pais e que quero seguir levando comigo.
Acredito nesse processo sistêmico que reverbera, e, portanto, nos benefícios que podem ressoar das curas que permito que ocorram em mim.
Assim seja! Gratidão sempre!