Tempo é mãe - dinheiro é pai. Então você diz não ter tempo nem dinheiro? Sente-se órfão? Não é órfão, vive com seus pais, mas mesmo assim, não tem tempo e não tem dinheiro. Ufa, o que é isso tudo?
Calma, tem explicação. Nós vivemos situações que estão além do limite do nosso lar. Mesmo que você viva com seus pais, pode estar refletindo uma situação de gerações anteriores.
Falta de tempo e de dinheiro são sintomas que refletem questões a serem resolvidas com os pais e/ou genitores.
Tudo tem origem nos relacionamentos. Precisamos de tempo para viver e dinheiro para movimentar as coisas, onde tempo é energia vital. Dinheiro também é energia. Tudo no universo é energia.
Sendo tempo a energia vital, será que temos respeitado o nosso tempo? E o tempo das crianças? Quando eu era criança, aprendi o teorema de Pitágoras. Nunca usei. Não estou desmerecendo esse conhecimento, mas gostaria de ter estudado mais sobre neurociência, parapsicologia, enfim, aprendi o que precisava, conforme a crença da época.
Mas agora? Qual a crença? Vamos criar crianças padronizadas? Penso que isso já está sendo revisto, em poucas escolas, mas a maioria ainda segue o padrão.
É preciso honrar o tempo, honrar cada existência. Cada qual com seu valor único, não pode ser tratado como mercadoria, como mais um número.
Agradeço muito pela oportunidade de frequentar uma escola. Ainda lembro o dia em que cheguei em casa e minha madrinha me deu cadernos. Eu havia sido matriculada na escola, ainda não sabia desse fato, mas fiquei muito feliz. Aquilo foi um incentivo que durou por toda minha vida.
Apesar disso, tenho dificuldade de gerir o tempo. Me vejo desperdiçando muito tempo ou colocando excesso de atividades que não consigo realizar, por não medir corretamente o tempo de execução de cada uma.
Quando era criança eu queria ser contadora.
Exerci a função durante quase 20 anos. Adoeci muitas vezes, por me exceder nas atividades. Muitos prazos a cumprir... Mas isso tinha um preço alto. De certa forma, assim sobrevivi, conquistei muitas coisas, prosperei a muito custo. Gastei tanta energia desnecessariamente. Ah, quanto estresse.
A minha mãe já estava tão sofrida quando eu nasci.
Sou a sétima filha, mas teve um aborto, então, tecnicamente, sou a oitava. Logo em seguida ao meu nascimento, minha mãe teve outro bebê, e mais dois. Meus pais se dedicaram muito, mas adoeceram. Aliás, eu sempre vi eles trabalhando demais e não aproveitando muito a vida. Acho que acabei imitando isso.
Eu era a filha que tinha maior remuneração. Meu pai gostava muito disso. Ele admirava. Agora entendi. Se pai é dinheiro, eu tive muito pai, então ele estava dizendo "estou muito em você". Ah, por que só vejo isso agora? Passei uma vida me sentindo preterida por ele. Isso porque fui sempre muito defensora dos direitos da mulher e acabava comprando brigas e sofrimentos tão desnecessários.
Agora, na segunda metade do meu século, já que estou com 52 anos, vendi minhas cotas no escritório contábil e estou estudando terapias integrativas, fazendo nova faculdade, montando o Espaço Terapêutico Saint Germain, estudando barras de access, mesa quântica estelar e a formação em Constelações Sistêmicas.
Penso em criar um método terapêutico que trabalha da cabeça aos pés, vidas passadas e me intitulo "futura terapeuta coaching". Agora é por prazer, mas ainda preciso de dinheiro, além de aproveitar melhor o tempo. Tenho fome de saber.
Estou amando a formação em Constelações Sistêmicas e entendo muito bem essa legião de fãs da mestra Olinda Guedes.
Ah, eu anseio em ter muito tempo e dinheiro, desejo muito mesmo acolher com grande amor minha mãe e meu pai.
Me fartar de tempo mãe e dinheiro pai. Obrigada meus amores. Vocês são o caminho da felicidade.
Beijos carinhosos,
Roseli
