Minha relação com o tempo sempre foi conflituosa. Sempre sinto que me falta tempo. Me falta tempo para me cuidar, para fazer as tarefas domésticas, para estudar, para aprender o que gosto, etc. Sempre correndo contra o tempo, e muitas vezes, inúmeras, sem saber o que priorizar, e sempre com a sensação de estar devendo.
Devendo por não ter conseguido fazer tudo, por não ter cumprido tudo, exigências que eu mesma impus, talvez. Complicado essa sensação de sentir-se incompleta, negligente, sensação de não ser boa o suficiente.
Felicidade, sentir-se feliz. Sempre que surge essa pergunta, hesito na resposta. Por vezes nem sei o que responder. Talvez porque não sei de fato o que é felicidade. Puxa, quando ouvi nessa aula que ler não é por esforço repetitivo, foi outra novidade!
Cresci com minha mãe em conflito com meu pai, embora não fossem separados. Ela falava dele para nós, filhos, reclamava, e sentia-se frustrada por sua vida, suas escolhas. Cresci em meio a isso, eu e meus irmãos. A mãe reclamando do pai para nós, o pai dizendo para nós que a mãe estava ficando doente por nossa culpa, e assim era a nossa dinâmica familiar. O afeto sempre foi escasso, o diálogo aberto era artigo de luxo.
Hoje, depois de mais de 50 anos, ouço que tempo é mãe e dinheiro é pai. Tempo é mãe e dinheiro é pai... nunca até hoje em minha vida soube disso!
Querida Olinda, como suas palavras são sábias quando você diz que a ignorância é a mãe do sofrimento, que o conhecimento nos liberta. Não é de uma hora para outra, como num passe de mágica, mas hoje sei que dei o primeiro passo com seu curso de Constelações.