O passado por sua essência apresenta uma qualidade complexa para alguns, que é o fato de que o mesmo não pode ser mudado, por outro lado o presente é o grande catalisador de mudanças de um passado de inquietações.
Só consegue lutar por um presente próspero e transformador aquele que honra e aceita as suas origens, e busca colocar a sua luta diária e as suas vitórias em nome daqueles que o antecederam.
Não obstante, buscar honrar a ancestralidade não se limita apenas ao próprio sistema familiar, mas é reconhecer de forma lato senso os demais sistemas nos quais estamos inclusos, quais sejam nossas cidades, estados, países e o mundo como um todo.
Por exemplo, reconhecer e honrar a história daqueles que foram mortos, excluídos e escravizados em nome de guerras e processos colonizatórios exploratórios, injustos e brutais é um dos caminhos possíveis para a prosperidade de um coletivo de pessoas.
Esconder a história ou tentar reescrevê-la com inverdades é o mesmo que produzir uma exclusão sistêmica em proporções coletivas, sujeitando o passado a ser revivido no presente.
Assim, enquanto o olhar de reconhecimento da história como de fato foi não for ampliado e consolidado, as antigas práticas retornam ao presente em outras formas, por exemplo através do controle social, político e econômico tão presente nos dias atuais.
Desta forma, o tempo que era passageiro se torna estático, sem mudanças ou transformações, permanecendo num continuo replicar.
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