Condição essencial para terapia
Todos os terapeutas sabem que o primeiro passo essencial, na terapia, é o paciente assumir a responsabilidade pelos problemas da sua própria vida.
Enquanto ele/a estiver convencido de que os seus problemas são provocados por forças, ou entidades que, de alguma forma, lhe são exteriores, (mesmo trans-gera-cionais), a terapia não tem qualquer influência.
Se, afinal, os problemas estão lá fora, porque deveria ele/ela mudar a sua maneira de estar, ou de ser?
O mundo exterior à sua pessoa (os amigos, o trabalho, o cônjuge, os antepassados) é que deve modificar-se, ou, até mesmo, ser substituído.
É por esse motivo que, por exemplo, em casos de mal estar familiar, alguns (eles ou elas) se queixam, com azedume, de que foram encarcerados numa prisão conjugal por uma esposa, ou por um marido, que mais parece um diretor/diretora prisional, bisbilhoteira e possessiva. É pois, por esse motivo, que conseguem progredir e, por vezes (muitas), mesmo depois de meses, só quando reconhecem a sua responsabilidade pela construção desse cárcere.
Perante esta regra essencial que, grande parte das vezes, não é cumprida, dificilmente qualquer forma de terapia terá êxito.
Vicente Duarte