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Termômetro emocional

Termômetro emocional
Simone Belkis
nov. 27 - 4 min de leitura
010

Hoje vou falar de um tema um pouco delicado, pelo menos para mim. Como tenho, nesses últimos anos, trabalhado muito com terapias energéticas, estou aprendendo um pouco sobre esse tema fascinante que trata das dimensões emocionais e mentais. Já sabemos que tudo é energia, mas ainda engatinhamos no lidar com isso. É sutil demais, às vezes.

Eu sempre fui uma pessoa muito sozinha, meio anti-social até. E sofri muito com isso. Não apenas  por não ser uma pessoa muito fácil (e admito isso, agora, sem grandes dificuldades), mas também por não encontrar a minha "turma". Eu acabava sempre por ser a diferente, a esquisita, a fora da casinha ou assim eu me sentia. Afinal, eu também aprendi que as coisas não nos acontecem, nós é que acontecemos nelas. 

Mas, o que a solidão tem a ver com energias? Muita coisa. Eu aprendi que podemos, didaticamente falando, classificar nossas emoções em graus. Todo o ser humano sente as emoções da mesma forma, mas não no mesmo grau. Uma mesma pessoa pode arder de ódio ou ficar levemente irritada, mas a emoção que causa essas reações diferentes é sempre a raiva. O que muda é o contexto, as crenças pessoais, o momento, não é verdade?

Então, eu comecei a perceber que todo o tipo de emoção varia em graus, como a temperatura (já falei disso em outro artigo). Isso é meio óbvio, mas só quando a gente percebe. O óbvio tem o poder te ser imperceptível às vezes.

Bom, afinal eu me dei conta que a minha solidão tinha muito a ver com o desnível das minhas emoções e dos meus padrões mentais, ou das minhas crenças e convicções pessoais. Desde muito nova, eu já questionava padrões estabelecidos e regras rígidas ou como eu os considerava. Então, meu padrão de pensamento diferia da maioria das pessoas com quem eu convivia (e isso ainda acontece), mas meus padrões emocionais eram muito dentro do convencional, eu tinha muitos medos. E por isso, era atraída por pessoas que também tinham medo, vibravam na mesma frequência.

Resultado, não me encaixava dentro do padrão de pensamento das pessoas que emocionalmente vibravam comigo e não me encaixava dentro do padrão emocional das pessoas que pensavam como eu. Daí a solidão. Não conseguia trocar ideias "ousadas" com pessoas que tinham medos. E tinha medo das pessoas que sentiam "ousadamente", quero dizer que vibravam no amor. O jeito foi me isolar, ficar sozinha, sem me dar conta dos reais motivos.

E como eu disse antes, esse é um tema delicado, porque se sentir sozinho é mesmo bastante doloroso. Eu me acostumei, foi conveniente por muito tempo. Não que estar só seja mau, às vezes a gente precisa estar consigo mesmo. Mas, às vezes a gente deseja estar com nossos pares. É preciso encontrar o equilíbrio nisso.

Eu passei a ter essa percepção, depois que comecei a conseguir modificar meus padrões emocionais, trabalhar os graus das emoções que me mantinham no medo. Porque é importante entender que não vamos nos desfazer das emoções. Nós precisamos delas para viver, o que sim é preciso fazer é aprender a equilibrá-las.

Eu ainda não venci minha solidão. E não é processo simples. O medo é poderoso, mas não é um mal. Só é preciso encontrar o grau certo. Porque ser medroso é uma coisa, ser covarde é outra bem diferente. E o que fazemos diante de nossas dores, muitas vezes e nos acovardar, imaginando que olhar para a dor será sempre mais doloroso que negá-la. 

Essa foi outra lição importante que aprendi. Acreditar que olhar para dentro de você ou daquilo que impede de viver plenamente é sempre menos doloroso ou arriscado do que ousar fazer diferente é o maior erro que cometemos. Alguns argumentam que têm medo da dor. E a dor de não arriscar nunca será menor que a dor de correr o risco. Porque a dor você conhece, o medo é do desconhecido. E o preço a pagar, pode não ser mais barato, mas sempre valerá mais a pena.


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