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FUNDAMENTOS DAS CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS

FUNDAMENTOS DAS CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS
Marineide Silva
jan. 18 - 6 min de leitura
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O módulo 1 do curso de Formação Real em Constelações Sistêmicas trata do histórico e dos fundamentos das constelações sistêmicas de Bert Hellinger, sendo aprofundado com a leitura do livro "Meu trabalho, Minha Vida".

Bert Hellinger (Bert é parte do nome religioso, que adotou) é de origem alemã, nascido em 16 de dezembro de 1925. Aos 27 anos foi ordenado padre, sendo enviado como missionário para a África do Sul. Lá iniciou o seu trabalho por meio de observações. Após dezesseis anos de sacerdócio, foi convocado a retornar à Alemanha aos 43 anos.

Continuou sua missão apostólica por mais três anos, e em 1971, com dezenove anos de sacerdócio, deixou a Ordem Religiosa e casou-se com sua primeira esposa Herta, que também havia deixado o hábito religioso após conhecê-lo. Não tiveram filhos.

Dedicou-se ao estudo de várias terapias e no inicio de 1980 desenvolveu a Constelação Familiar, método fruto de seu trabalho ao qual denominou “ajuda para a vida”. Em 2003, já separado de Herta, casou com sua segunda esposa, Sophie, que o acompanhou em seu trabalho, escrita e traduções de livros, até sua morte em 19 de setembro de 2019 aos 93 anos.

É importante observar em sua biografia que ao falar de sua infância, Bert relata que viveu na prática aos cinco anos de idade o movimento interrompido precocemente em direção à mãe, quando a família se mudou para Colônia, deixando-o com os avós; não compreendia porque o deixaram levando o irmão mais velho e a irmã mais nova com eles. Bert observou mais tarde a dificuldade no relacionamento com a mãe em razão desta separação na infância, ressentimento que o acompanhou a vida toda.

Sua mãe morreu e ele ainda não estava harmonizado nesse movimento, do qual nos fala das causas na infância e consequências na vida adulta, em outros livros. Relata que aos 92 anos sua esposa Sophie o constelou e também fez regressão para harmonizar.

Lembrando que ele faleceu aos 93 anos, é sempre tempo de reconciliarmos!

Bert Hellinger era filósofo, teólogo em virtude do sacerdócio e durante toda a vida buscou conhecer e compreender as dinâmicas na vida pessoal e coletiva.

Além de toda bagagem de vida infância longe dos pais, regime nazista, vida no seminário, missão na África, exercício do sacerdócio, vida conjugal, ele buscou estudar, aprofundando seus conhecimentos e percepções, até dar início as Constelações Familiares.

Ainda padre, trabalhava com dinâmicas de grupo, essência das constelações sistêmicas. Estudou análise didática, psicanálise, gestalt-terapia, terapia primal (que é o método de regressão); foi aí que percebeu o risco do paciente ficar preso nesse processo, e a partir de suas observações e estudo, denominou os sentimentos secundários (choro de olhos fechados, onde a pessoa perde força, e não age, não quer solução); e sentimentos primários (choro de olhos abertos, tem força, e quer resolver).

Também estudou Análise Transacional, método desenvolvido por Eric Berne, e hipnoterapia de Milton Erickson.

Nesse método, o paciente, normalmente ao dizer sim com a cabeça afirmando o que diz, quer dizer o contrário. Bert Hellinger complementou a hipnoterapia com a PNL – programação neurolinguística, que é a hipnoterapia aplicada e ampliada. Ainda estudou a terapia provocativa (faz o cliente rir de si mesmo sem sentir-se humilhado e libera-se para a mudança). Fez também psicodrama, teatro.

A primeira experiência com as constelações foi ao participar com Thea Schönfelder, que trabalhava com o método “escultura familiar”, o mesmo que Bert empregou nas constelações onde representantes assumem o papel dos familiares e os substituem nos movimentos. Bert fez suas duas participações no campo, sem entender o “fenômeno”, o que o fez compreender o que acontece com os representantes e buscar entender tal fenômeno.

Juntamente com sua esposa Sophie, Bert Hellinger aperfeiçoou o método, hoje conhecido, Constelações Familiares, que no inicio era denominado “Constelação Familiar Clássica”. No iniciou acreditava que seu método, seria algo para aprimorar o trabalho de psiquiatras e psicoterapeutas, o que mais tarde reconheceu ser também uma prática também para leigos, não o vendo como um método terapêutico, mas sim, como uma ajuda para a vida, pois quem constela busca esclarecer algo para si mesmo.

Como acontece essa prática? Tem um constelador, quem orienta o método, cliente, quem vai constelar, e representantes, grupo de pessoas que são escolhidos pelo constelador, ou pelo constelado, para representar familiares e outros elementos que o campo aponte. Sugere enfim, para trazer informações sobre o tema escolhido por meio de movimentos do campo.

E o que é o campo? “Esse fenômeno não pode ser esclarecido com conceitos tradicionais. Dentre as muitas tentativas de explicação, a que lhes pareceu mais evidente até o momento foi a de que os representantes entram em outro campo espiritual.

O biólogo britânico Rupert Sheldrake chama isso de “campo morfogenético”.

Isso significa que nele os acontecimentos anteriores, relativos a uma família ou grupo, e os sentimentos a eles ligados são armazenados em uma memória coletiva”.

Bert Hellinger reconheceu por meio de observações, as leis que influenciam os sistemas familiares, concluindo que a violação dessas leis causa sofrimentos emocionais, físicos, e também no aspecto financeiro, profissional, nos relacionamentos. São leis universais que ele chamou de “ordens do amor”.

Para refletir:

“O que é mais importante para você: os ideais ou as pessoas?

Do que você abre mão?

Das pessoas pelo ideal ou do ideal pelas pessoas?”

 

wonderfully unique family portrait!


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