Tudo o que nos acontece de forma intensa ou repetida torna-se uma memória. Todo evento que provoca no indivíduo a sensação de incapacidade para responder ao tamanho desse acontecimento, é traumático.
Observamos respostas traumáticas em duas, três, muitas gerações depois que houve a experiência traumática de fato. Isso é memória transgeracional.
Esta informação explica muitos sofrimentos humanos que antes aparentavam ser apenas transtornos mentais ou funcionais.
Quando o indivíduo experiencia pessoalmente, em seu corpo físico, desde vida intrauterina, sofrimentos que criam essas feridas profundas, traumas, chamamos isso de memórias pessoais.
Observamos que traumatizado, um indivíduo, fará de tudo para evitar reviver ou relembrar qualquer fato ligado ao que lhe causou traumatizou. Destinando grande parte de sua energia criativa, energia vital para isso. Sobrando, por vezes, quase nada para autorrealização, para felicidade, para a expressão plena do ser. A soma da memória traumática mais a reação para evitar acessar essas memórias chamamos de Corpo de Dor.
Trauma vem do grego traûma e significa "ferida".
Traumas são vivências, são respostas do organismo frente a eventos que provocam sensações de incapacidade, desproteção, insegurança. É uma lesão ou ferida mais ou menos extensa, produzida por ação violenta, de natureza física ou química, externa ao organismo.
Basta um mínimo estímulo similar no presente igual ao que houve no evento traumático para que o organismo apresente toda resposta de fuga ou ataque, para sobreviver à ameaça presente na mente inconsciente.
Traumas sensoriais são sequelas, deixadas por uma experiência que causou imensa dor e sofrimento, tal experiência é de tal magnitude que modifica profundamente todas as respostas do organismo, podendo afetar sistema nervoso simpático e parassimpático. Podem ir além de respostas do próprio indivíduo, podem se tornar memórias transgeracionais, respostas registradas em nosso DNA, que atravessam gerações
Existem fatores que aumentam a probabilidade de trauma: ambiente instável ou inseguro; escassez de recursos de subsistência, adversidade climática – seca, furacão; divórcio ou falecimento dos pais, doença grave, abuso verbal ou físico; violência doméstica; negligência; assédio moral, etc.
Olinda Guedes
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OLINDA GUEDES é mãe da Nina Maria, apaixonada pela vida, escreve com o coração o que cabe em palavras. Esse é o terceiro livro de sua autoria.
Conduz, no Instituto Anauê-Teiño, a Escola Real, uma Escola de Saberes Úteis. Uma iniciativa cujo objetivo é trocar saberes das diversas ciências com o propósito de uma vida mais feliz, próspera e saudável.
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