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UCEM - LIÇÃO 51

UCEM - LIÇÃO 51
Tom Cau
fev. 20 - 12 min de leitura
010

REVISÃO I

Introdução

1. A partir de hoje, teremos uma série de períodos de revisão. Cada um deles abrangerá cinco das ideias já apresentadas, começando com a primeira e terminando com a quinquagésima. Haverá alguns comentários curtos depois de cada uma das ideias que deves considerar na tua revisão. Nos períodos de prática, os exercícios devem ser feitos como será indicado a seguir.

2. Começa o dia lendo as cinco ideias incluindo os comentários. Depois disso, não é necessário seguir nenhuma ordem em particular ao considerá-las, embora cada uma deva ser praticada pelo menos uma vez. Dedica dois minutos ou mais a cada período de prática, pensando sobre a ideia e os comentários relacionados depois de lê-los. Faze isso com a maior frequência possível durante o dia. Se qualquer uma das cinco ideias te atrair mais do que as outras, concentra-te nela. Porém, certifica-te de revisar todas mais uma vez no fim do dia.

3. Não é necessário incluir literal ou minuciosamente os comentários que se seguem a cada ideia nos períodos de prática. Em vez disso, tenta enfatizar o tema central e pensa nele como parte da tua revisão da ideia com a qual se relaciona. Depois de ter lido a ideia e os comentários relacionados, os exercícios devem ser feitos com os olhos fechados e quando estiveres sozinho em um lugar quieto, se for possível.

4. Isso é enfatizado para os períodos de prática no teu atual estágio de aprendizado. Contudo, será necessário que aprendas a não precisar de nenhum cenário especial para aplicar o que tens aprendido. Necessitarás mais do teu aprendizado em situações que pareçam transtornar-te do que naquelas que já parecem ser calmas e quietas. O propósito do teu aprendizado é fazer com que sejas capaz de trazer a quietude contigo e de curar a aflição e o tumulto. Isso não é feito evitando-os e buscando um refúgio de isolamento para ti mesmo.

5. Ainda aprenderás que a paz é parte de ti e só requer que estejas presente para abraçar qualquer situação em que te encontres. E finalmente aprenderás que não há limites quanto ao lugar onde estás, portanto, a tua paz está em todos os lugares assim como tu.

6. Notarás que, para os propósitos da revisão, algumas das ideias não são dadas exatamente na sua forma original. Usa-as tal como são dadas aqui. Não é necessário voltar às declarações originais, nem aplicar as ideias da forma sugerida então. Agora estamos enfatizando as relações entre as cinquenta primeiras ideias que abordamos e a coesão do sistema de pensamento ao qual elas estão te conduzindo.

UCEM-Um Curso Em Milagres
Comentários Kenneth Wapnick
REVISÃO I
Introdução - Lição 51 a 60

Minha discussão vai se focalizar nos temas principais dessas primeiras lições do livro de exercícios – o coração do Um Curso em Milagres. 

O primeiro princípio dos milagres: “Não há ordem de dificuldade em milagres” (T-1.I.1:1) -, também encontramos o tema central do livro de exercícios nas primeiras lições – “Não há ordem de dificuldade em percepção”. 

Em “Eu não preciso fazer nada”, ele nos diz que esse não é um curso em contemplação ou meditação (T-18.VII.4). Ele certamente não é contra a meditação, mas isso não é uma parte integrante do processo de perdão. Se você só puder estar com Deus, pensar sobre Jesus, ou se lembrar das lições durante os períodos de prática estruturada, estará anulando seu propósito. 

Jesus não está dizendo que existe qualquer coisa errada em fazer arranjos externos para estar confortável quando você meditar, mas ele não quer que você forme um relacionamento especial com sua postura ou respiração, o aroma da sua vela, a música, Um Curso em Milagres, ou qualquer outra coisa. A ênfase não deveria estar em modificar situações externas para que você fique feliz, mas em tentar mudar seus pensamentos para que você fique verdadeiramente feliz, não importando onde você está ou quais são suas condições. Novamente, ele não é contra você fazer qualquer coisa que vá ajudá-lo a relaxar, desde que você fique vigilante contra o especialismo ritualístico que iria agir contra o seu aprendizado.

Para afirmar esse ponto importante novamente, Jesus não está dizendo que não deveríamos meditar e ter períodos de prática estruturados. De fato, é precisamente sobre isso que é essa primeira parte do livro de exercícios. Ele simplesmente está nos fazendo saber que estamos nos primeiros estágios do aprendizado, e que ele vai nos levar muito, muito adiante do lugar no qual estamos agora. 

 A ideia é que iríamos nos sentir pacíficos não apenas quando tudo estiver quieto ao nosso redor, mas também, e especialmente, quando tudo parece estar desmoronando: quando nós ou nossas famílias estamos devastados pela doença; quando a raiva e as acusações estão descontroladas; e quando estamos em meio a culpa, ansiedade, terror e quaisquer dos sentimentos que são parte inerente de nossas vidas. É nesses momentos que nós especialmente precisamos pensar sobre Jesus e o que ele está ensinando. Obviamente não faria sentido, de um ponto de vista de aprendizado, se só pudéssemos nos voltar para ele e encontrar a paz quando estivéssemos fisicamente quietos. Nossos momentos em quietude são simplesmente uma parte do programa de treinamento de aprender a ir para dentro, para que, uma vez confortáveis com esse processo, possamos chamar a paz sempre que percebermos que estamos nos voltando para o ego em busca de ajuda, reconhecendo imediatamente a necessidade de mudarmos de professor.

Esse é o objetivo final do aprendizado: generalizar as lições e situações específicas nas quais estamos sendo ensinados, para que elas se apliquem a todos os relacionamentos, todas as situações, todos os momentos, e em todas as circunstâncias – sem exceção. Se não há mundo lá fora, o que é a chave da premissa metafísica do Um Curso em Milagres, então, o mundo está dentro de você. É aí que a paz é encontrada. Além disso, se não há mundo fora de você, como ele poderia afetá-lo? É isso o que precisamos aprender, o que fazemos através de um estudo e prática cuidadosos.

O tema predominante dessas cinquenta primeiras lições é a correção das nossas percepções errôneas. Vemos de novo e de novo quanta ênfase Jesus coloca em nosso aprendizado de que nossos pensamentos determinam o mundo que vemos, elaborando o princípio que ele nos dá uma ou duas vezes no texto: a projeção faz a percepção (T-13.V.3:5; T-21.in.1:1). Nós primeiro olhamos para dentro e reconhecemos com horror nossos pensamentos de pecado, culpa e medo – especificamente nesse contexto, pensamentos de ataque e julgamento -, que então são projetados. Essas projeções se tornam a causa do mundo que percebemos fora de nós,q que em nossa experiência distorcida, aparece como o efeito. Portanto, Jesus nos ensina que esse é um curso em causa, e não em efeito, como já vimos (T-21.VII.7:8). Em outras palavras, esse não é um curso em mudar o mundo ou nosso comportamento, mas em mudar nossos pensamentos, carregados de julgamento e ataque.

Quando Jesus nos diz que o que chamamos de pensar não é pensar de forma alguma, é porque estamos pensando em oposição a ele e a Deus. O que se opõe a Deus e à Sua Unicidade amorosa não existe. Portanto, nossos pensamentos de ataque, ansiedade e julgamento não existem. Dentro das nossas mentes iludidas, no entanto, certamente pensamos que existem. Nós projetamos esses pensamentos ilusórios de separação e ódio, e vemos um mundo que não existe porque ele vem de pensamentos que realmente não estão lá. Portanto, é o nosso pensamento que é o problema, do qual temos que ser salvos. A salvação, portanto, nos ensina a corrigir nossos pensamentos equivocados, escolhendo a consequência da paz ao invés da do conflito. 

Outro tema importante é a decisão, ou mudança de nossas mentes, e assim, uma confiança maior nessas lições está nos ajudando a perceber o que estamos fazendo para que possamos mudar nossas mentes dos pensamentos de raiva e julgamento para os de perdão e paz. Quando escolhemos aqueles pensamentos, eles automaticamente se estendem, e fazemos a transição para o que Jesus chama de “visão”. O mundo externo não muda necessariamente; na verdade, muitas vezes, ele não muda de forma alguma. O que muda é a forma de percebermos o mundo, o que significa a forma com que o interpretamos. Continuar com o processo de perdão é o que em última instância leva à visão de Cristo, ou à percepção do Espírito Santo que vê e conhece a similaridade inerente ao Filho único de Deus. 

Kenneth Wapnick

LIÇÃO 51

A revisão para o dia de hoje abrange as seguintes ideias:

1. (1) Nada do que eu vejo significa coisa alguma.

A razão disso ser assim é que eu vejo o nada e o nada não tem significado. É necessário que eu reconheça isso para que possa aprender a ver. O que penso que vejo agora está tomando o lugar da visão. Tenho que abandonar isso compreendendo que não tem significado, para que a visão possa tomar o seu lugar.

2. (2) Eu tenho dado ao que vejo todo o significado que tem para mim.

Eu tenho julgado tudo o que contemplo e é isso, e apenas isso, que eu vejo. Isso não é visão. É meramente uma ilusão de realidade porque os meus julgamentos têm sido feitos bem à parte da realidade. Estou disposto a reconhecer a falta de validade dos meus julgamentos porque quero ver. Os meus julgamentos têm me ferido e não quero mais ver de acordo com eles.

3. (3) Eu não compreendo coisa alguma do que vejo.

Como poderia compreender o que vejo se o tenho julgado de forma equivocada? O que eu vejo é a projeção dos meus próprios erros de pensamento. Não compreendo o que vejo porque é incompreensível. Não há sentido em tentar compreendê-lo. Mas tenho todos os motivos para abandonar isso e dar espaço ao que pode ser visto e compreendido e amado. Eu posso trocar o que vejo agora por isso, apenas estando disposto a fazê-lo. Não é essa uma escolha melhor do que a que eu fiz anteriormente?

4. (4) Esses pensamentos não significam coisa alguma.

Os pensamentos dos quais estou ciente não significam coisa alguma porque estou tentando pensar sem Deus. O que chamo de “meus” pensamentos não são os meus pensamentos reais. Os meus pensamentos reais são aqueles que penso com Deus. Não estou ciente deles porque tenho feito os meus pensamentos para tomar o seu lugar. Estou disposto a reconhecer que os meus pensamentos não significam coisa alguma e a abandoná-los. Escolho que sejam substituídos por aquilo que tencionavam substituir. Meus pensamentos são sem significado, mas toda a criação está nos pensamentos que eu penso com Deus.

5. (5) Eu nunca estou transtornado pela razão que imagino.

Eu nunca estou transtornado pela razão que imagino porque estou constantemente tentando justificar os meus pensamentos. Estou constantemente tentando fazer com que sejam verdadeiros. Faço com que todas as coisas sejam minhas inimigas para que a minha raiva seja justificada e os meus ataques autorizados. Ao lhes conferir esse papel, não reconheci o quanto tenho usado equivocadamente todas as coisas que vejo. Tenho feito isso para defender um sistema de pensamento que tem me ferido e que eu já não quero mais. Estou disposto a abandoná-lo.

 

 

 


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