A pedagogia sistêmica realmente foi um divisor de águas para mim. Eu que sou tão apaixonada pelo ofício de lecionar e me achava sistêmica por conta da minha formação em ciências biológicas, nunca havia pensado dessa forma.
A pedagogia sistêmica nos conduz a uma linha de pensar e sentir o outro, de uma forma como não havia praticado, apesar de perceber que, no contexto sistêmico, eu tinha práticas condizentes com tudo que vi nesse curso, como trabalhar muito com meus alunos em áreas verdes, com aulas práticas, incluindo os saberes essenciais para uma vida mais feliz.
A respeito da ordem no ambiente escolar e o equilíbrio, fiquei muito reflexiva sobre meus anos como professora do ensino formal. Percebi o quanto violei essas leis até ter burnout, seguido de depressão, ansiedade, dores pelo corpo todo.
Compreendi que nunca soube direito qual era o meu lugar no trabalho, pois essa lei já havia sido violada na minha infância. Realmente todos chegamos no ambiente escolar com o nosso sistema familiar.
Compreendi o quanto estava em desequilíbrio quanto a dar e receber, o quanto saía do meu lugar. O julgamento diminuiu muito, e quando me pego no pensamento de julgar, digo a mim mesma: não sou melhor que ninguém.