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Uma história...

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OLINDA GUEDES
out. 12 - 3 min de leitura
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Bert Hellinger foi prisioneiro num campo de concentração. Ali ele conseguiu sobreviver, dali ele conseguiu fugir. Depois se tornou padre, trabalhou numa escola, entre os Zulus, na África do Sul. Lá, observou que, apesar das dificuldades materiais daquele povo, eles conseguiam ter paz. Então nós podemos imaginar um homem, vindo de uma Europa em guerra, ex-prisioneiro, agora um educador. E esse homem, Hellinger, observava que, ali no continente africano, apesar de todas as condições materiais desafiantes de um país em desenvolvimento ou de um país ainda não desenvolvido (perante os padrões do que se costuma chamar civilização), aquelas pessoas conseguiam ter paz.
Ficou intrigado: Como é que era? O que atuava ali que fazia com que aquelas pessoas fossem tão pacíficas? Considerando os aspectos materiais, aquelas pessoas seriam indivíduos que, potencialmente, talvez devessem estar brigando muito mais.
Algo que lhe chamou atenção foram algumas sutilezas na maneira de se relacionarem. Hellinger observou que, entre os Zulus, à medida que caminhavam, quando se encontravam diziam: "Eu vejo você!" E paravam, por alguns segundos, diante dessa pessoa. Esta pessoa olhava para aquela que lhe dirigia o cumprimento. E, quando tinha reconhecido, visto - sabe, visto mesmo? - ela dizia: "Eu vejo você!" E só assim elas continuavam seus caminhos.
Hellinger é um ser humano extraordinário! Com mais de noventa anos, continua ensinando e aprendendo.
Observamos também que, imediatamente o bebê, quando nasce, procura o olhar da mãe... Imediatamente! Porque esse olhar é o olhar do pertencimento: "Sim, eu vejo você! Sim, você existe! Sim, eu estou seguro!"
Então, Hellinger constatou que, quando essa relação dialógica subjetiva é estabelecida entre os integrantes de um sistema, ou seja, quando "eu vejo você" com sua vida, com tudo o que pertence a ela, suas histórias sua trajetória e quando "você também me vê", minha história, minha trajetória, meu destino, tudo o que carrego, então nós estabelecemos uma relação de paz.
Quando há paz, podemos ter tranquilidade e confiança. Seguros, podemos aprender! Somente por meio da paz os ambientes se tornam favoráveis ao aprendizado.
Pensemos um pouco:
Que atitudes e ações práticas voltadas para o "eu vejo você" podemos adotar no interior de nossas famílias, de nossas escolas, de uns para com os outros?" - Olinda Guedes no livro O que traz quem levamos para a escola? Pedagogia Sistêmica

 

OLINDA GUEDES é mãe da Nina Maria, apaixonada pela vida, escreve com o coração o que cabe em palavras. Adora bolo de fubá com sementinha de erva doce.

Conduz, no Instituto Anauê-Teiño, a Escola de Saberes Úteis. Uma iniciativa cujo objetivo é trocar saberes das diversas ciências com o propósito de uma vida mais feliz, próspera e saudável.

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