Durante a aula do dia 02/12/2020, da Formação Real em Constelações Sistêmicas, a professora nos conduziu, cada um com o seu kit de materiais para o método de constelações na água, a uma pequena constelação de nós mesmos, no que se refere a esse conjunto que nos caracteriza na integridade do ser: o Eu, na sua relação feminino-masculino.
Na minha tarefa eu fiz uma interpretação dessa constelação cuja representação do Eu e do Feminino se fizeram pelas cores vermelha e amarela, respectivamente. Já o Masculino foi representado pela cor branca. A configuração na água mostrou-se assim: o Feminino posicionou-se em pé, e o Eu colocou-se de forma horizontal sobre a cabeça do feminino, enquanto o Masculino ficou distante, à direita. A minha interpretação, procurando seguir o que se chama Gramática das Constelações Sistêmicas, chegou a uma constatação que ganha sentido de luz e de cura/transformação.
Observando a configuração acima descrita, e tendo em conta que ao constelar estou presente no campo e que o campo é energia e, portanto, tudo ali se move conforme essa energia e revela o que existe além do aparente, entendi o seguinte: o branco mostrou, no que se refere ao Masculino, algo que ainda está à espera ou que o Masculino ainda precisa amadurecer, sair da inocência, crescer. E o lugar ocupado pelo seu representante revela o Eu distante do Masculino ou este à espera, distante do Eu.
A cor vermelha do representante do Eu significa a necessidade de estar em ação, pela energia da vida para preservá-la, e assim ocupar-se com tarefas práticas, operacionais, acudindo aqui e ali, querendo cuidar de uns e outros, a ponto de, por vezes, esquecer de dedicar um tempo para si, para fazer o que gosta.
Já o Feminino, representado pelo amarelo e posicionado abaixo do Eu, mostra-se como um lado que precisa aprender a ouvir, dar vazão a essa energia do Eu, entretanto chama sempre à razão, a colocar o pé no chão, ao bom senso, e quer mediar para encontrar soluções práticas por meio da empatia, buscando perceber o outro e colocar-se no lugar.
A figura que se formou mostra que a energia prática do Eu precisa ouvir mais esse lado feminino amoroso que chama para a realidade de si e do outro, de forma que o ser, na sua integridade, seja mais feliz.
É preciso encontrar esse caminho de equilíbrio entre o Eu e o Feminino em mim para, enfim, acontecer a melhor aproximação com o Masculino, e para que este se encontre completo, amadurecido e amado.
Essa tarefa prática se caracteriza como luz para o meu caminho de busca do conhecimento que cura, liberta e transforma. Contudo, como aprendiz, ainda preciso dos apontamentos luminosos da professora sobre a tarefa, para que ela se torne completa.
