Eu não poderia deixar de relatar este fato ocorrido com meus colegas durante essas aulas no curso.
Foi durante a gramática das Constelações que a Olinda nos falou sobre as memórias de orfandade.
Ela começou com a memória do perpetrador e fui vendo meu pai pela frente e minha irmã mais nova. A família sempre disse que ele sempre queria tirar vantagens.
Quando falou daquele que quer solução mágica e duvida de tudo eu me lembrei da minha irmã mais velha. Tudo ela questiona.
E num insight eu me lembrei das minhas crises de pânico. Foram poucas durante minha vida e por isto foi difícil descobrir que era pânico e que tinha tema bem específico. "Tinha" porque tenho certeza que não terei mais.
A retrospectiva.
No início eu só tinha muito medo, desespero e sensação de morte. Passei anos sem saber que era pânico. Era muito desespero, mas na aula constelei a cena, e ela veio nítida...
As vezes que aconteceram foram quando eu tinha que ir ou estava em algum lugar sozinha, o qual eu não conhecia e nunca tinha estado.
Fazia um exercício de respiração e pedia ajuda a Deus. Era um misto de consciência do fato irreal com os meus sentimentos reais.
Uma vez meu carro quebrou num lugar que eu não conhecia e eu que estava lutando para não entrar em crise. Me atrevi a enfrentar o medo. Liguei ao meu filho e gritei desesperada. Foram eternos 15 min. Ele, graças a Deus, bem equilibrado, me ajudou.
Iniciei tratamento com florais.
Continuando...
Quando assistia a aula, como diria meu pai, o bicho pegou. Veio a catarse e eu via a cena de uma criança sozinha e identifiquei a situação. Ela estava descalça e olhava para o horizonte, que era como um deserto. Pude sentir que ela não sabia o que fazer nem para onde ir. Chorei cântaros e não foi fácil retomar para o aqui e agora.
Ainda sinto quando lembro.
Olinda nos diz que quando estamos vivendo uma certa similaridade na vida é que dispara a memória do sistema, pois é, estar sozinha me reportava a esta memória .
Sei que constelei lindamente e esta criança está sendo liberada e acolhida.
Eu senti muito e realmente nunca senti tanto. Citei várias frases de cura dando conforto e segurança a ela. Eu a acolhi em meu coração como se fosse eu mesma.
Agradeci a Deus!
Gratidão Olinda!