Você, por acaso, um dia já se sentiu assim: achando que não tem o direito a uma vida boa e feliz e mentir para você mesmo, dizendo ao contrário?
Você já procurou fazer de tudo para agradar as pessoas, pensando mais nos outros do que em você?
Você já se apaixonou por alguém que te maltratava e te fazia de gato e sapato?
Pois bem, isso tem cura.
A Constelação familiar pode ajudar a resgatar um vínculo de amor interrompido na infância, a superar os traumas deixados ainda no útero materno. Eu posso dizer isso com propriedade, pois aconteceu comigo. Com as constelações, fui curando um tiquinho mais e agora eu vejo e entendo que o vazio, a busca por alguém que suprisse meus momentos de solidão, fez com que eu me apaixonasse pela minha própria patologia.
O que eu realmente procurava era o amor que eu não tive na infância, mas uma pessoa nunca poderia suprir a falta dos meus pais em minha vida. Hoje penso: como poderia eu amar o outro, se não tinha amor por mim mesma? Essa falta de amor próprio fez com que eu me envolvesse num relacionamento disfuncional.
Sobre o amor, Cerqueira Filho, na página 74 do livro "Psicoterapia à luz do evangelho de Jesus" diz: “Portanto, não há possibilidades de se amar a Deus e ao próximo, sem se amar. Quando não nos amamos, nos fechamos para o Universo, nos fechamos para o Divino e para os que estão próximos. Ficamos incapacitados de sentir o amor de Deus e o amor que nos rodeia, porque esse sentimento não ecoa dentro de nós.”
A constelação sistêmica me resgatou, trouxe o amor para minha vida, amor próprio por mim e pelos outros. Como é bom constelar! Como é bom dizer: Agora tudo já passou, agora tudo é diferente. Podemos aceitar tudo como foi, num movimento interno, numa nova percepção, sentindo a leveza, a paz. No encontro com a nossa criança interior, podemos perceber que quem pode dar a esta criança carente de afeto, aquilo que lhe faltou, somos nós mesmos e não os outros. A constelação sistêmica mudou meu interior e o exterior também. Posso dizer que todos têm o direito a ter uma vida feliz e próspera.
Mariele W. Vieira Cequinel