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A ARTE DA AJUDA E A ARTE DA GUERRA

A ARTE DA AJUDA E A ARTE DA GUERRA
Ana Lucia Felicio
mai. 14 - 5 min de leitura
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Os processos terapêuticos e a guerra são situações opostas, entretanto num estudo teórico e comparativo podemos descobrir conexões e reflexões interessantes.

Nesse sentido, e por definição, de modo geral, os processos terapêuticos sistêmicos consistem em desvendar os conflitos e dores que causam sofrimento nas pessoas e no seu sistema familiar.

Com a terapia e os processos terapêuticos o indivíduo encontra a possibilidade  de ampliar seu campo de visão e encontrar soluções precisas frente às circunstâncias que o acorrenta às dificuldades e problemas vividos.  

Ao inverso do processo terapêutico,  a guerra traz os sofrimentos, os conflitos e as lutas entre as nações, partidos políticos ou etnias, a fim de impor a  sua preponderância para resguardar interesses “materiais ou ideológicos”,  atingindo assim, inúmeras pessoas e suas famílias: deixando-as vulneráveis e  em sofrimentos imensuráveis em todos os cenários da vida.

Sabemos que existem diversos tipos de terapia, assim como existem diversas situações que terminam em guerras.  Se pensarmos, por exemplo, a guerra como algo que experimentamos cotidianamente.  

Ressaltamos aqui a terapia sistêmica, por ser essa uma terapia que se  ocupa com as regras de funcionamento do sistema social e familiar num todo, em busca de cura e reparação dos males causados direta ou indiretamente pelos traumas da “guerra”. 

Quando observamos certas situações e lemos algo sobre as guerrilhas, percebemos que  a comunicação e a organização entre os membros, o treinamento, os recursos e a luta com o adversário tem importância fundamental.

Nas terapias e processos terapêuticos sistêmicos, para que haja  mudança no contexto apresentado, é necessário, às vezes, uma  reorganização da comunicação entre os membros da família. Para isso  é importante “revisitar os acordos” (lealdades), as crenças e as dinâmicas existentes dentro do sistema.

Durante o processo terapêutico, tanto o terapeuta, o ajudante no caso, quanto o cliente, aquele que é o ajudado, siga os passos ou plano de ação elaborado,  a fim de que, o processo transcorra de modo seguro para ambas as partes.  Para que os bons resultados sejam alcançados.

Conforme a indicação de leitura, da Mestra Olinda,   no livro “A Arte da Guerra", obra literária escrita pelo pensador chinês Sun Tzu, aproximadamente 500 anos a.C.,  descobrimos vários ensinamentos e orientações  de como lidar com situações de  conflitos e como planejar e executar as tarefas necessárias diante da realidade que nos cerca.

Segundo esse livro,  para obter sucesso e vitória é necessário obedecer e cumprir as ordens e os seguintes princípios: a doutrina, o tempo, o espaço, o comando e a disciplina. 

Com os escritos e  saberes contidos  nessa obra  havemos de concordar que  os ensinamentos ali expressos podem ser aplicados em diferentes áreas e contextos,  inclusive nos estudos e  processos terapêuticos.

Ao tratar da questão terapêutica,  vemos na obra de Bert Hellinger, “A Ordem da Ajuda”, preciosas dicas, orientações e  também princípios, de  como o terapeuta pode contribuir e conduzir os exercícios e terapias sistêmicas. Para ajudar profissionalmente a uma pessoa é importante saber e observar que: 

“…só podemos: dar o que temos,  pedir e tomar o que necessitamos; permanecermos humildes, dentro dos contextos; agirmos de forma adulta, pois, a ajuda só é possível entre adultos equiparados; Incluirmos todo o sistema do cliente;  amar o ser humano, sem julgamento”.

Com os dizeres acima podemos perceber que tanto as orientações para os processos terapêuticos, dentro da dinâmica sistêmica, quanto os escritos e orientações de estratégias da arte da guerra, por exemplo, seguem normas precisas.  Em ambos os casos é necessário avaliação, conhecimento e clareza sobre o território, ou seja, a realidade em seu contexto.

É preciso conhecer e saber utilizar bem as ferramentas, reconhecer os próprios limites, ter foco e atenção naquilo que realmente precisa, estudar e verificar se há a possibilidade da questão apresentada ser resolvida, caso contrário, recuar e buscar recursos adequados e  seguros. 

Portanto, os processos terapêuticos com a Ordem da Ajuda de Bert Hellinger são também uma arte que envolve a capacidade de avaliação, comando, disposição, alerta constante, compreensão e empatia para saber acolher, tratar e dissipar  todos os  obstáculos, sejam eles internos ou externos.

Com esse sentido, a Ordem da Ajuda serve tanto para o cliente quanto para o próprio terapeuta. Incorrer nos  princípios da Ordem é entrar em campo minado, ou seja, entrar na desordem. Nesse espaço não há ajuda possível e sim paralisia do processo e impossibilidade de levar a vida adiante.

Enfim, a arte da guerra se expressa nas suas estratégias e táticas de combate. A arte da ajuda  nos processos terapêuticos envolve conhecimento, aprendizado, exercícios,  prática e vivência dos valores e princípios sistêmicos, pois o que possibilita a solução dos conflitos é o avanço no processo de cura,

Segundo Hellinger,  é a conexão de “uma alma que nos abrange. Nessa alma, o terapeuta abrange o cliente e vice-versa. Nessa alma em comum nós nos reconhecemos. Essa alma é extensa, não apenas em relação ao espaço, mas também em relação ao tempo". 

#mod08

 

 

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