“Todo exagero desproporcional do contexto, é uma lealdade por vínculo de amor interrompido.”
Uma frase comovente, que levo para minha vida, desde quando ouvi pela primeira vez. Horas me faz questionar em diversas situações, pois o exagero no contexto traz a resposta de uma energia que não atual, e sim de uma energia que precisa ser transmutada de um outro tempo, que nos sequestra e nos limita.
Energia carregada de doloridas memórias, podendo ser de cunho pessoal através das experiências por eventos traumáticos experimentados, ou transgeracional, que está relacionada à história de vida registrada no corpo e na alma do ser humano, transmitida por meio da fala ou repassada por seus ancestrais em forma de herança, pela memória corporal das células por várias décadas de gerações.
O vínculo de amor interrompido acontece por afastamento emocional de uma criança das repetitivas frustrações com a inacessibilidade emocional de seus pais. Isso pode ser resultado de uma perda real de ambos, pela separação de um dos dois pais ou por ausência emocional.
A interrupção pode acontecer sem intenção e contra a vontade dos pais.
Às vezes, por passar um período no hospital, onde há interrupção do contato entre um deles, ou em uma situação de tentativa de abuso, em que a criança está sozinha e sente-se desprotegida pela ausência dos pais. E ainda pelos emaranhamentos dos pais, que ficam indisponíveis para amar e cuidar de uma criança na condição de pais.
[...]“Quando alguém que tenha sofrido a interrupção de um movimento precoce vai ao encontro de outra pessoa, digamos, de um parceiro, a lembrança daquela interrupção torna a aflorar, mesmo que apenas como memória corporal inconsciente. Então a pessoa torna a interromper o movimento, no mesmo ponto em que o interrompeu da primeira vez [...]”. (HELLINGER, Bert. Ordens do amor.)
Uma maneira de transformação do vínculo do amor interrompido, é a resolução da imagem interna que se tem daquela situação que fere em um grau de dor desproporcional com a situação vivenciada e que muitas vezes não se dá a importância devida.
Os eventos que causam impacto podem ser pequenos, porém podem ter grande impacto em nossa vida. Podemos experimentar diante de um atrito fugaz no relacionamento ou por uma opinião divergente de um colega ou familiar, dando força às lealdades e emaranhamentos, fora do tempo presente e atual que nos limitam à prosperar.
Ter uma vida bem sucedida, depende do nosso comportamento e ações, do que temos por dentro. Nossas leis internas vão motivar nossos pensamentos, nossos pensamentos motivam nossos julgamentos e a partir do julgamento tomaremos decisões.
O entendimento por si só, não resolve o trauma ou bloqueio e é por isso que precisamos transmutar e converter imagem interna. É preciso reconstruir o evento e trocar a configuração, resgatando a criança de onde existe essa onda guia neutralizadora.
Precisamos estar atentos e vigilantes, pois um evento externo, pode levar a reviver essas situações, por isso a importância em observar e não deixar se levar pelas emoções das memórias. Os sentimentos desconfortáveis em nossa vida são memórias que estão vibrando.
O autogoverno auxiliará no processo de cura.
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