Ao assumirmos a postura de gratidão por termos sido trazidos a este mundo por dois seres que se dispuseram a ser este canal de vida, nós podemos seguir adiante.
Mesmo que não seja com eles, mas o ato Divino da geração permitiu que nós estivéssemos aqui.
Reverenciar pai e mãe não significa amá-los incondicionalmente, já que muitos não tiveram os maiores exemplos de amorosidade.
Reverenciá-los significa agradecer pela oportunidade gerada a partir deles: nossa vida!
Eu tive a sorte de ter dois seres que me trouxeram ao mundo e foram os melhores pais que poderiam ter sido, mesmo sabendo que dentro deles existe algo a ser curado também.
Quando compreendi a importância e a grandiosidade destas duas pessoas para mim, pude compreender a grandiosidade de quem eu sou e da minha capacidade de seguir minha vida com eles em meu coração.
Muitos dizem que adorariam ter pais perfeitos, mas sigo Bert Hellinger na sua fala quando diz:
“Se os pais fossem perfeitos, se a mãe fosse ideal, não seríamos capaz de viver. Somos capazes de viver porque nossos pais têm falhas”.
Acrescento dizendo que meus pais são perfeitos na sua imperfeição.
É muito fácil utilizarmos de nosso ego infantilizado e estarmos sempre em busca do mais, isso é mais plausível do que assumirmos uma postura adulta e nos colocarmos em seus lugares através da empatia, pois a dor do outro sempre será menos que a minha. Eu primeiro.
Constelar é permitir que eu seja como sou e permitir que o outro possa assumir seu lugar e ser como é também.
Constelar é entender que não estamos sós e, se estamos aqui é porque alguém veio antes de mim e possibilitou esta oportunidade.
Constelar é eu me colocar como alguém que quer fazer diferente pelo equilíbrio do meu sistema.
Constelar é amar.