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ANTES DA FELICIDADE, OS PAIS

ANTES DA FELICIDADE, OS PAIS
Ana Carolina Eleutério
abr. 21 - 4 min de leitura
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O que eu já fiz pelos meus pais? Antes da felicidade, os pais.

Acima duas frases que me trouxeram profundas reflexões, daquelas que me fazem até sonhar.

Já na aula 1, fui profundo nas minhas memórias, trazendo crenças a serem ressignificadas, do tipo: "preciso sofrer para pertencer e se eu for feliz estarei abandonando meus pais."

Também me trouxe memórias de quando eu era bebê; dizem que não temos lembranças de quando éramos bebê, mas eu me lembro ou tenho percepções sobre coisas que aconteceram comigo, com meus pais. Acredito que algumas dessas percepções e que me trazem sensações, existem pelo simples fato de eu estar no mesmo ambiente e não propriamente porque aconteceu comigo diretamente. 

Agora paro e penso: "Nossa! O campo não só informa, ele transmite através da energia e das vibrações, vinda de pensamentos e sentimentos, tudo o que pessoas vivenciaram ali."

Isso é tão forte e importante, que eu mesmo sendo bebê, pude captar essas energias, receber essas informações do campo, pensar, sentir, formar uma crença e, a partir daí, permitir que essas vivências criassem em mim um emaranhado de sentimentos de dor, revolta, rejeição, agressividade, abandono.

Quando bebê eu ficava muito no berço sozinha, era uma bebê quieta. Enquanto minha mãe trabalhava eu ficava ali quietinha; pensando bem, desde sempre foi assim. E com isso aprendi que devo ficar quieta para não atrapalhar ninguém.

Fichas caíram agora. Pelos meus pais fiquei quieta. Mas também na minha família, filhos não tem voz.

Também pelos meus pais eu deixei de ser eu, deixei de me expressar.

Pelos meus pais, eu engoli o choro.

Pelos meus pais, eu deixei de dançar. Adorava dançar.

Pelos meus pais, busquei ser a filha perfeita, só que nunca consegui porque agradar a eles era impossível, sempre tudo tinha um defeito, um erro, algo fora do lugar. Sempre tinha que dar mais e mais de mim para, mesmo assim, não conseguir sequer um elogio.

Pelos meus pais eu baixei a cabeça (pensando ser obediente) para as críticas, aceitei cada uma me achando errada, incapaz; aceitei suas exigências e imposições, as aceitei como verdade e me anulei.

E agora, depois de turbilhão de fichas caindo, percebo que mesmo que eles tenham me dado a oportunidade de escolher a minha profissão, pelos meus pais trabalho no local onde eles escolheram para mim (a prefeitura de São Paulo). Sou feliz lá? NÃO!!!! Olha ai, de novo, antes a felicidade, os pais.

Amo a minha profissão, ser professora do movimento me completa. Só que não gosto do meu local de trabalho.

Por que fui trabalhar lá? Minha mãe mandou e, inteligente que sou, passei em todos os concursos, assumi dois cargos, porque para ela eu tinha que ter dois ordenados e, no futuro, duas aposentadorias.

E a minha felicidade em realizar a minha profissão, onde está? Bom agora, me resta fazer a escolha: continuo aqui ou vou em busca da felicidade?

Eu escolho ir em busca da felicidade. Então, digo:

"Minha querida mãe, eu vejo você e sinto muito pela sua dor, por tudo o que sofreu desde a orfandade, por todos os sacrifícios que passou, sinto muito mesmo. Eu digo sim para tudo como foi, a você e a todas as mulheres do nosso sistema.

Hoje sigo honrando a cada uma de vocês sendo feliz! Sigo adiante com o que vocês tem de melhor, a força, o amor, o respeito, a responsabilidade e o rigor, só que agora sigo adiante de um jeito diferente, do meu jeito.

Agora sei que posso me expressar, dizer o que penso e acreditar na minha essência, porque sim, eu sei fazer. Tomo as rédeas de minha vida, por todas nós, pelos meus filhos e pelas gerações futuras.

Sim! Agora eu posso ser quem desejo e vim para ser!

Gratidão por ter me trazido até aqui, agora eu sei."

A partir de hoje, lealdade para mim será a felicidade.

Antes dos pais, a felicidade.

Gratidão professora Olinda, por tocar o meu coração!

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