Estudar sobre relações conjugais me fez compreender que o relacionamento entre pessoas vai muito além do que conviver e desejar que o outro realize as minhas vontades.
É necessário primeiro que eu aprenda a me amar e que me sinta plena e feliz, para então, aceitar o outro da forma como ele é e não da maneira que eu quero que ele seja.
E como reconhecer que estou feliz?
Quando eu sentir que pertenço ao meu sistema familiar e aceitar os meus pais conforme eles são.
Quando eu reconhecer que a criança que habita em mim está acolhida e protegida com muito amor.
E que eu sou suficiente para sentir a felicidade que está em mim.
Abarco então, que para fazer o amor na relação dar certo, alguns passos simples e rotineiros se fazem indispensáveis, como: olhar com amor o outro, compreender e buscar curar as feridas vindas das nossas memórias transgeracionais e dos possíveis vínculos de amor interrompido.
É primordial eu me conhecer, para ser plena e feliz!.
Assim, a parceria na relação a dois se torna um sucesso na medida em que eu pratico o ato de ser feliz e de me tornar mais feliz com a companhia do outro. Saber conhecer minhas carências e entender que não é obrigação do meu companheiro supri-las.
Ser parceira e não co-dependente, evitando uma relação simbiótica.
Conhecer e respeitar tanto o meu sistema familiar quanto o dele e reverenciar os nossos antepassados.
Devo respeitar as nossas individualidades, mantendo o equilíbrio entre o dar e o receber.
Nesta balança a generosidade deve ser recíproca, tendo o cuidado para que o outro seja feliz tanto quanto eu sou.
E quando tiver conflitos, que prevaleça a transparência, tranquilidade e serenidade até serem amenizados e solucionados, procurando sempre pela harmonia da união.
E por falar em harmonia, aprendo com Olinda Guedes os três pilares para um relacionamento saudável.
O primeiro a se destacar é o amor de coração, que envolve toda a magia da forma de olhar e conviver com o meu parceiro, através da ternura, empatia e gentileza. Busco reconhecer o ser humano que se apresenta ao meu lado, vejo os seus valores e sinto se com ele irei compartilhar a felicidade de estarmos juntos.
Para então, vivenciar o segundo pilar, a sexualidade prova da intimidade gerada pelo prazer e alegria de viver uma união.
Surgindo uma cumplicidade de duas energias emanando amor, satisfação, relaxamento corporal e mental.
Com uma confiança que traz paz ao coração.
E para selar este relacionamento de sucesso, o terceiro pilar se faz necessário: Ter algo em comum, viver a união com um propósito de vida, uma missão a ser realizada.
Pode ser: gerar e criar filhos, uma eterna aliança. Ou, projetos altruístas relacionados a cuidar de animais, plantas e de outros seres humanos, desde que prevaleça a continuidade da vida, do universo, do amor.
Compreendo também, que uma separação pode acontecer e independente do motivo que gerou esta situação, todo relacionamento deve ser respeitado e reconhecido.
Sabendo que devo aceitar e acolher com amor o que ocorreu, levando apenas o aprendizado para um novo relacionamento.
Portanto, ficou claro para mim, que uma relação bem vivida prioriza o companheirismo, a amizade e a valorização de coisa simples, corriqueiras como o carinho, o diálogo, pequenos gestos que levam a acreditar no amor.