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ARTIGO - MÓDULO 1

ARTIGO - MÓDULO 1
Eide Reati do Prado
jun. 5 - 3 min de leitura
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Relatos de vida, uma história ajuda a curar a outra.

Ouvindo a mestra Olinda Guedes relatar a história da índia que foi tirada da sua gente, levada como escrava me conectei com histórias da minha ancestralidade, me emocionei e dei um lugar especial para tudo isso.

A primeira história que me conectei foi com a da minha trisavó que era índia, foi pega “a laço”. Imagino o quão desafiador foi ser tirada da sua gente, de seus costumes, da sua liberdade. Por algum tempo eu me sentia sem direção. Fui professora por 12 anos, depois administrei empresas, mas me sentia perdida. Tinha medos internos que eu não sabia de ondem vinham.

Em um movimento de constelação pude trazer a luz essa informação da minha linda trisavó. A direção da vida dela foi transformada drasticamente, ela teve medo, sofreu, se sentiu perdida. Essa memória transgeracional estava em mim e me sentia por muitas vezes assim.

Olhando para minha trisavó eu pude dizer a ela: Eu sinto muito que sua história tenha sido assim, eu sinto muito mesmo, mas eu respeito e honro a sua trajetória. A senhora foi uma guerreira pois a vida seguiu adiante. Às vezes eu me sinto assim como a senhora se sentiu, mas agora eu entendo e dou um lugar a tudo isso em meu coração.

Por favor minha amada trisavó, me abençoe mesmo que eu siga um padrão diferente. Eu me libero para seguir adiante, tendo direcionamento e tomando com amor a minha missão. Gratidão! Eu amo ervas, eu amo mato, eu amo rios, eu amo a natureza, eu amo a senhora que faz parte dela. Tomo a sua força de guerreira e farei algo de lindo com a minha  vida, graças a sua vida. Me emociono.

Outra história que me vem é também sobre compulsão alimentar. Houve muita fome em nosso sistema, tanto paterno como materno. Descendente de italianos, a travessia e a chegada não foram fáceis, a comida era escassa. Comia-se hoje sem saber se amanhã poderiam se alimentar e por muitas vezes realmente não tinham o que comer. Acredito eu, que na minha ancestralidade alguém também precisava comer escondido, pois como o relato da mestra Olinda Guedes eu comia escondida.

E a pergunta é: Escondida de quem? Começava uma reeducação alimentar e comida escondida para a minha família achar que eu estava fazendo certo.

Meu Deus!

Por anos foi assim, mas hoje, graças a estes conhecimentos libertadores eu pude perceber que era uma “fome sistêmica” que no meu subconsciente estava: Coma pois amanhã pode faltar.

Gratidão meus queridos e amados ancestrais. Sim, eu sinto muito que tenham passado fome, que a escassez fez parte da história de vocês. Eu sinto muito mesmo. Mas eu tomo o meu lugar de pequenina perante vocês, seguindo apenas com aquilo que é meu. Por amor eu comi “anos a fio” por muitos, mas graças a cada um de vocês hoje na mesa da minha família sobra e eu tenho certeza que vocês estão felizes com isso.

Quanta liberação. Trazer à luz estas informações, me conectar novamente a estas histórias através de outras histórias é um lindo movimento de cura. Gratidão por pertencer a esta lindo grupo de estudos.

#mod01 #relato #artigo1Eide

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