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AS LEIS DO AMOR

AS LEIS DO AMOR
tania Monteiro Lopes
abr. 5 - 4 min de leitura
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Por que que nós, muitas vezes, somos leais aos nossos pais, aos nossos sistemas, antes da nossa felicidade?

Por que não priorizamos a nossa própria felicidade em nossas vidas?

Porque todos nós queremos Pertencer. Essa é a primeira lei sistêmica. Para pertencer, vamos ser leais cegamente, nem que tenhamos que, para sermos aceitos em nossos sistemas, sermos doentes, pobres e infelizes.

Cada família tem sua singularidade, sua dor, seu ponto a superar, um desafio a vencer. Enquanto nós não fizermos terapia, não constelarmos, não desatarmos os nós dos nossos emaranhamentos familiares por 4 gerações nossos filhos, netos, bisnetos e tataranetos continuarão carregando por nós o que precisa ser olhado, curado, completado.

Emaranhamentos são situações que nós experienciarmos como sentimentos, sensações que não tem correspondência com o contexto.

Curamos a nossa lealdade quando honramos e respeitamos o nosso lugar e o lugar do outro. Essa é a outra Lei Sistêmica: A Ordem.

Bert Hellinger disse que para sermos felizes precisamos ser um pouco desleais.

Se a pessoa continuar sendo leal aos seus antepassados de maneira cega, sem entendimento, conhecimento, sem consciência, ela vai continuar emaranhada.

O pensar sistêmico é, se tenho tudo para ter sucesso e quando estou para alcançá-lo eu desisto, então, estou sendo leal a algum antepassado que nunca teve sucesso na vida. Por amor, o amor que adoece, que vem da lealdade cega;  a pessoa fica emaranhada e não consegue ir para frente.

Devemos estar atentos a dor da orfandade no sistema, que pode ser concreta ou funcional. Pode ser que tenha havido o falecimento de um dos pais ou dos dois ou eles estarem presentes fisicamente, mas haver um vínculo de amor interrompido.

O que é o vínculo de amor interrompido? É quando há uma interrupção entre os pais e os filhos e o amor não pode, por algum motivo, seja justo ou não tal motivo, fluir naturalmente e o filho se sente excluído daquela relação com a figura parental, se sente abandonado, rejeitado pela mesma.

Aqui, não está havendo o obedecer a Lei sistêmica do equilíbrio, da Compensação, a qual diz que nas relações entre pais e filhos não será possível como nas demais relações se ter o equilíbrio, pois um filho jamais poderá retribuir aos pais a altura, porque eles lhes deram o mais precioso: a vida. Porém, os pais devem dar aos filhos tudo e proporcionar-lhes condições apropriadas de desenvolver seus dons e terem o básico para sobreviverem com saúde e proteção.

Se houve motivos concretos para que o movimento de amor interrompido ocorresse, então trata-se de memória pessoal. Caso não  tenha proporcionalidade com o contexto da pessoa,  podemos pensar em memória transgeracional, o que significa que aconteceu em algum momento com algum antepassado e está a espera para ser reparado, curado.

O que cura o movimento do amor interrompido é retornar no momento dessa interrupção e recriar de modo curativo,  um mundo bom e belo. É essa fonte natural de todos nós. Esquecemo-nos dela. Então de algum modo ela será lembrada por meio dos excessos de comer, beber, trabalhar, falar, comprar, querer.

O mundo bom e belo só pode ser tomado por meio do olhar da mãe.

Essa reparação precisa de intervenções sistêmicas sensoriais: constelações, terapia com florais de Bach, massagem reparentalizadora, renascimento sistêmico através da respiração, tudo o que utilizamos como ferramentas para tocar o coração do cliente durante uma terapia sistêmica, que cuida do ser como um todo.

 

PEDAÇOS DE MIM

Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir, para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.

Martha Medeiros  (1961) é uma jornalista e escritora brasileira.

#Mód 02

 

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