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AS NOITES ESCURAS DA ALMA

AS NOITES ESCURAS DA ALMA
tania Monteiro Lopes
abr. 22 - 4 min de leitura
010

 

Toda noite escura traz em si a luz divina.

A noite escura da alma precede o encontro com o divino. É um tempo de solidão, de introspecção, de deserto pessoal.  E é nele que encontramos um espaço sagrado onde se dá o entendimento, o milagre, a cura, a transformação.

A noite escura da alma exige conversão. Só sai da noite escura da alma aquele que se converte, que por si só, por uma vontade pessoal faz necessário. E, a partir da ajuda encontrada se converte, muda de direção, alcança um novo vórtice de espiral, tornando-se uma pessoa melhor.

Quem tomou a grandeza das suas noites escuras da alma sabe o que é isso. Olha para trás e diz “sou muito melhor hoje”. Aqueles que desperdiçam dizem: “Deus me livre de tanto sofrimento”, continuam fugindo até agora.

Uma noite escura da alma se mostra por meio do financeiro, do corpo físico e dos relacionamentos. Perder dinheiro, ficar doente, ser abandonado, traído. Quando dizemos sim para ela, podemos tomar a sua grandeza.

A noite escura da alma traz a oportunidade de crescimento sistêmico, é sempre “nós”, o sistema, que tem uma oportunidade para a cura.

Cada integrante do sistema se encarrega de algo que precisa ser curado no sistema: pertencimento, compensação, ordem.

Alguns integrantes carregam o mais desafiante, o mais difícil.

Nada é deixado para trás.

Tudo precisa ter um bom lugar.

Ninguém pode evitar uma noite escura.

Uma noite escura é uma grande oportunidade.

Então, quando um ou mais dos princípios sistêmicos – pertencer, compensar ou ordenar – não são saciados, não foram atendidos, quando algo extremamente significativo ficou em aberto, será mostrado novamente no sistema.

Aparentemente será algo estranho, desproporcional, porém isso faz todo sentido em algum lugar da linha do tempo, que chamamos passado.

Tantas vezes não compreendemos, por exemplo, a síndrome do pânico, delírios, alucinações, impulsos para matar ou morrer, ou para perder dinheiro, tudo que é exagerado agora, mostra algo do que foi esquecido, que está pedindo a cura.

Quando a cura nos alcança?

Quando estamos presentes, quando deixamos de julgar, quando usamos o pensamento como meditação, como espaço de silêncio.

A cura só pode acontecer quando deixamos de estar do lado de fora da vida e entramos nela e permitimos que todos os demais também permaneçam nela.

É quase como deixar a mente descansar, deixar os pensamentos silenciarem e permitir que o coração atue em toda a sua sabedoria.

Seja seu próprio curador

Um dos maiores e mais inspiradores mistérios é o fato de que nós nos importamos uns com os outros, somos amigos uns dos outros e curamos uns aos outros, e isso só pode ser realizado se cuidarmos de nós mesmos e formos amigos de nós mesmos.

Se não fizermos isso de forma concreta e com todo o coração, em cada um dos casos sentiremos um doloroso vazio entre nós e aqueles que se importam conosco.

#mod07

 


 

"Em uma noite escura

De amor em vivas ânsias inflamada

Oh! Ditosa aventura!

Saí sem ser notada,

Estando já minha casa sossegada.

Na escuridão, segura,

Pela secreta escada, disfarçada,

Oh! Ditosa aventura!

Na escuridão, velada,

Estando já minha casa sossegada.

Em noite tão ditosa,

E num segredo em que ninguém me via,

Nem eu olhava coisa alguma,

Sem outra luz nem guia

Além da que no coração me ardia.

Essa luz me guiava,

Com mais clareza que a do meio-dia

Aonde me esperava

Quem eu bem conhecia,

Em lugar onde ninguém aparecia.

Oh! noite, que me guiaste,

Oh! noite, amável mais do que a alvorada

Oh! noite, que juntaste

Amado com amada,

Amada, já no amado transformada!

Em meu peito florido

Que, inteiro, para ele só guardava,

Quedou-se adormecido,

E eu, terna o regalava,

E dos cedros o leque o refrescava.

Da ameia a brisa amena,

Quando eu os seus cabelos afagava,

Com sua mão serena

Em meu colo soprava,

E meus sentidos todos transportava.

Esquecida, quedei-me,

O rosto reclinado sobre o Amado;

Tudo cessou. Deixei-me,

Largando meu cuidado,

Por entre as açucenas olvidado.

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