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AS RELAÇÕES CONJUGAIS SEUS REFLEXOS NOS FILHOS E O CORPO DE DOR.

AS RELAÇÕES CONJUGAIS SEUS REFLEXOS NOS FILHOS E O CORPO DE DOR.
Edda Eva de Siqueira Lira
jul. 23 - 7 min de leitura
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Nesse terceiro módulo foi abordado de uma forma muito amável, sobre as relações conjugais, relacionamento pais e filhos e o corpo de dor.

O que faz o amor dar certo é o sentimento de pertencimento. O sentimento de ser amado por quem você é.

Se sentir uma pessoa plena de amor, em princípio, seria a condição inerente para o amor dar certo, mas, muitas vezes, estamos conectados com alguém da nossa ancestralidade ou com nosso corpo de dor. E através do olhar de uma constelação podemos trazer à tona quais as ordens realmente vigentes no presente.

O que faz o amor dar certo é o sentimento de pertencimento, de estar no lugar que lhe pertence. Por isso, só se pode ser feliz ao lado de alguém quando se é feliz consigo. Uma parceria conjugal só pode dar certo quando ambos estão plenos de si, até porque uma pessoa plena atrai outra pessoa saudável. Essa será uma relação funcional.

Não é o romantismo que faz o amor dar certo, mas cuidar da criança interior que está dentro da gente, sobretudo, da criança dos nossos pais e bisavós, pois a infância deles habita em nós.

O que faz o amor dar certo é o sentimento de pertencimento, de estar no lugar que lhe pertence. Por isso, só se pode ser feliz ao lado de alguém quando se é feliz consigo.

Depois que uma pessoa se conhece, que traz à luz os motivos dos seus sintomas sistêmicos, é possível haver a cura, ressignificar as suas dores.

E, assim, aprender a resguardar a sua individualidade, a concentrar as suas experiências de vida no presente ao invés de permanecer em ressonância com as memórias transgeracionais. Se permitir aceitar a sua própria solidão e a do parceiro como uma força vital, a ter disposição para não só concordar com as duas solidões como a partilhar e ouvir sentimentos do outro, sem julgamentos.      

E como é bom constelar porque sempre  vai completar essas percepções.

No âmbito dos relacionamentos de casal a compensação entre o dar e receber funciona de maneira peculiar em nome do amor que existe. Há três pilares. Primeiro, o amor do coração, precisa haver generosidade recíproca. Quando o parceiro oferece algo a quem ama, o outro vai lhe restituir mais do que o equivalente.

E, assim, sucessivamente, o outro também se sente em dívida perante quem recebeu e devolve mais um pouco.

O segundo pilar é a sexualidade que deve estar presente na relação de uma forma espontânea, com alegria e intimidade, satisfatório para ambos, caso contrário, haverá violação de uma ordem. O terceiro pilar é o de levar adiante a vida que receberam, através dos filhos.

Aqueles casais que não podem gerar filhos, para que o amor dê certo, precisam se entregar em uma missão altruísta, sem esperar nada em troca – como, a adoção. E nesse movimento crescente, o relacionamento ganha força em profundidade e amor. 

Ressalte-se, para que a relação não perca seu equilíbrio, não se deve dar sempre a mais ao parceiro, mais do que ele pode restituir. Daí, a importância intrínseca de que ambos sejam pessoas funcionais. Imagine um dos parceiros sendo uma pessoa carente? O parceiro será sugado. Aquele tipo que quanto mais você dar, mais exige.

Tem um corpo de dor registrado, carrega uma memória de orfandade explícita.

Possui relações do cotidiano sempre disfuncionais, doentias, pesadas. Mas, não é à toa que você atrai e é atraído por esse outro tão carente. Além do aparente, você se apaixonou pelo seu corpo de dor, pela sua própria patologia. Esse é o amor cego, como: o amor por aquele ancestral que você não tem consciência, que foi abandonado, subestimado. Logo, essa paixão significa emaranhamento, lealdade cega, o invisível do corpo de dor do seu sistema familiar, atuando.

Salutar é se despedir com gratidão do parceiro como um ritual, agradecer pelos momentos bons que foram partilhados, agradecer pelos frutos do relacionamento – os filhos, se liberar e liberar o outro para seguir adiante. Sem esquecer de tomar a responsabilidade da parte que lhe cabe por não ter dado certo. Se afastar sem ressentimentos, é necessário para que possa seguir num novo relacionamento. Isso é atitude de adulto.

E aí paro de olhar para o outro e passo a olhar para olhar para mim, vou tentar descobrir quais as minhas dificuldades para puder tratar. O acompanhamento de um terapeuta sistêmico e/ou constelação sistêmica é fundamental, como suporte na condução do processo de trazer à luz o que está sombrio na vida. Identificar o corpo de dor que atraiu a paixão, repetições de padrões, sentimentos de abandono (da criança), lealdade da memória transgeracional, afim de curar os emaranhamentos decorrentes e se refazer para que o novo relacionamento possa dar certo.

Fundamental salientar que ninguém tem sucesso com os filhos se não tiver no relacionamento conjugal funcional. Pais disfuncionais terão filhos disfuncionais. O comportamento dos filhos no dia a dia é reflexo das atitudes dos pais, independente de viverem juntos ou separados.

Adultos se respeitam. Quando a criança percebe que os pais não se respeitam agirá tal qual. Em princípio, desrespeitará os pais e depois outros adultos.

Nesse ponto, lembremos que antes da felicidade, a lealdade. Nenhum filho será feliz se seus pais não forem funcionais.

Filho algum deveria ouvir outra pessoa falar mal dos seus genitores, sobretudo, se for um dos pais, pois indicará que também está sendo rejeitado no ponto da crítica, visto que é metade genitora e metade genitor. A alienação parental é algo que dói no coração de um filho.

Jamais se pode esquecer que por trás de cada ser humano há uma história do sistema familiar carregada de dores, uns mais e outros menos, mas cada um sabe a dor da sua alma.

A terapia e/ou constelação sistêmicas são intervenções que podem libertar o indivíduo de atrair relações pelo seu corpo de dor, e não pelo que realmente tem de incrível. Todos nós temos uma criança ferida a que Eckart Tolle chamou de corpo de dor.

Criança essa que jamais morrerá enquanto habitarmos o nosso corpo físico.

E todas as crianças do nosso sistema familiar estão em nós, na nossa criança interior, esperando para serem curadas e felizes por meio dessa criança. Podemos trazer essa cura através da nossa alegria de viver, de uma vida funcional, do autocuidado, dos mimos para conosco, através do trabalho que fazemos com satisfação, do retorno financeiro equilibrado, enfim alimentado nossa alma de satisfação e leveza de vida.

Muitos filhos, por amor aos pais, desenvolvem sintomas como TDEA (Transtorno de Déficit de Atenção e Imperatividade) para mostrar que algo não vai bem com eles. Lembrando que antes da felicidade a lealdade aos pais. Então, a solução está nos próprios pais. É preciso apenas coragem para despertar a consciência e enxergar além do aparente.

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