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CAMINHOS DO CORAÇÃO...

CAMINHOS DO CORAÇÃO...
Ionara Butzge
set. 6 - 3 min de leitura
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Quando era criança, sonhava em conhecer o mar ...

O mar não tinha um significado para mim, além de uma ideia curiosa de ver uma “água salgada e grande”, que vem e vai.

Quando o vi pela primeira vez eu devia ter entre 8 e 9 anos de idade.

Não havia Lulu Santos cantando “como uma onda no mar” em minha memória que me fizessem relacionar o mar com o tempo, por exemplo, nem o conhecimento para relacionar o mar à economia, à história e tantas outras grandes coisas que vieram pelo mar, como as grandes navegações... e nós... através dos nossos antepassados.

Eu  não tinha o conhecimento sistêmico para olhar o mar e saber que eu também vim de lá... de além mar... do além das ondas, num balanço infinito, no frio, na chuva, no medo... e na esperança.

Eu que vim negra acorrentada... eu que vim branca emplumada... eu que vim com aqueles que vieram. Vim mesmo a contragosto... vim para começar tudo de novo... vim porque aqui haviam promessas...vim porque quis. Vim!

E também não sabia que  já estava aqui, nesse país praia e floresta, correndo descalça, brincando nas águas de uma clara cachoeira, cavalgando um crioulo nos pampas do sul, usando pêlos, couros e plumas, subindo em palmeiras com o rosto pintado, me banhando nas lagoas, no mar, em rios por aí... eu não sabia que esses meus olhos que já foram castanhos, verdes, negros ou azuis, são o resultado de gerações de misturas de gente. Que meus cabelos encaracolados, lisos, crespos, claros, escuros, armados, negros ... estão comigo faz tanto tempo, tanto, tanto tempo, que às vezes nem lembro bem como eles são.

Quem somos afinal?

Porque temos tanto orgulho de falar sobre coisas que não conhecemos de fato, mas que parecem ser velhas conhecidas de nossa alma?

Porque cheiros, canções, cores, alimentos, atitudes mexem tanto com a gente? Daí você olha para aquele mar de sensações e pensa: De quem é isso afinal?

As cores da nossa família, os hábitos, até os castigos... Falamos sobre isso cerrando os dentes, fechando os punhos...mas com um orgulho disfarçado.

Somos tantos... Somos todos... os que vieram de lá e os que já estavam aqui...

Com tantas histórias e alegrias,  tragédias e segredos, danças, solidões e encontros... e nós.

Foi um longo caminho o percorrido por nossas almas em células e olhares e mãos dos que compõem o tecido lindo da nossa história ancestral, que levaram a semente do nosso DNA... uma semente intensa.

Porém, nem sempre nos damos conta disso. É preciso saber olhar de fato.

Estamos tão enredados no dia, na rotina, que não sentimos suas presenças nas pequenas alegrias e também em algumas tristezas que brotam em nossos corações.

Existe uma felicidade e também uma grande solidão em compreender isso.

Felicidade é uma escolha.

Nem todos estão preparados. Mas todos queremos ela aqui, do nosso lado.

E eles, os que vieram antes, também a querem e poderão tê-las através de nós! 

Poderão conquistar a leveza, a alegria e até o perdão pelos nossos olhos e passos em direção ao conhecimento.

Constelar é revelar! Constelar é reencontrar o brilho que deixamos de ver nos nossos próprios olhos! 

Constelar é curar nossas "estrelas interiores", aquelas que vez ou outra nos guiam, mas nem sempre nos damos conta.

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