Perdão, Colegas de Coração, mas achei que foi parte da minha história, de um de meus temas.
Realmente, NUNCA tive um bolo de Aniversário, nem "happy birthday to you", mas, sabem (estou satisfeita agora por ter amigas e amigos AQUI, para que eu possa abrir a alma)... voltando...parece que era até bom ficar no anonimato, não queria mesmo aparecer e nunca pensei que se fazia bolo para alguém em aniversários, achava que não precisava... não precisava fazer parte da vida.
Ao crescer (em tamanho físico), e até hoje, creio que isso mudou "HOJE", mudou para mim, pois para meus filhos sempre achei importante fazer o bolo.
Uma situação à parte: "Meus filhos estavam comigo no ano passado, em outubro, e eu relutei muito e não aceitei MESMO bolo de aniversário, eu disse várias vezes, na insistência deles que nunca é necessário bolo, que aniversário não é tão relevante assim..." Ficaram desapontados, mas respeitaram.
Continuando, ao crescer e ao longo dos anos, no dia X (quero dizer, dia natalício), eu sumia para o meio das matas e cachoeiras e ficava sozinha, com Deus, porque não queria ninguém, NINGUÉM MESMO, tinha receio que alguém pudesse lembrar e querer cumprimentar. Todos aqui achavam (acham) um tanto bizarro. Só eu achava normal porque sempre senti...
SENTI ALGO ESTRANHO, e algumas vezes cheguei a verbalizar que eu tinha a sensação de que EU NÃO EXISTIA.... sim, era isso mesmo.
Não sei também se era o fato de que sempre soube (senti e sinto), de que meu pai sempre quis que eu fosse filho-homem (na linguagem dele).
Tenho (tive) um irmão dois anos mais novo. Sou a primogênita (acho) e sempre brigava muito com meu irmão, ele que brigava comigo... será? Mas, hoje sei, após o passamento dele há um ano (Nossa Senhora, ainda não consigo falar disso do tanto que dói), e os 43 dias de UTI dele só Deus e eu ficamos lá, sem outras visitas, sem mais. E, de repente, FIQUEI FILHA ÚNICA (é péssimo isso).
Tenho procurado florais, renascimento, massagem, constelação, tudo para curar... CURAR O QUÊ? QUAL TEMA?
Não sei, vários, todos, mas precisava compartilhar e agradecer a todos, todos, Deus, esse grupo, Roberta Queiroz (mana de constelação hoje), Olinda, colegas, nosso grupo (nossa, já estou me sentindo incluída, um pouquinho, me sentindo dizendo: "nosso grupo", como pertencente... rsrsrs).
É isso, Amadas e Amados, precisava escrever, constelar escrevendo o "não me sentir na vida, achar que não vou dar conta" (de quê? - de fazer, de ser, de realizar, de Viver...).
Perdoem-me se algo saiu sem nexo (talvez tudo), mas criei coragem e cá estou a compartilhar.
Obrigada por todos aqui existirem. E existirem na minha Vida, na minha história.