Vozinha!
Quantas saudades das receitas gostosas que você fazia, que me deixava comer!
As implicâncias, quantas saudades das suas chatices de vó.
Eu brigava tanto com você, para não me incomodar com comida o tempo todo.
Pés no chão frio. Agasalho! Era tão chata a sua insistência em cuidar de nós.
Hoje não tenho ninguém para cuidar de mim.
Daria tudo para ouvir me mandar colocar os chinelos, comer na hora certa, colocar um agasalho.
Daria tudo para que você ouvisse o meu pedido de desculpas por todas as vezes que fui estúpida com você: você só zelava por nós e achávamos um exagero!
Como queria que visse como está linda a sua neta bolinha, tenho certeza que de onde a senhora está, a senhora sabe.
Mas, eu queria ver o seu rosto olhando e dando risadas do que eu, sua netinha, faço e falo.
Eu te amo tanto vó, a senhora me ensinou a cozinhar, cuidar a casa, ser mãe zelosa, ser correta, honesta!
E, tem mais, muito mais: hoje sou eu que incomodo a minha filha, faço igual a senhora.
Ela fica até zonza.
Obrigado por dar tudo que precisávamos e nos mimar tanto.
A senhora era a vó coruja que todo neto sonha.
Pena que eu não dei valor enquanto vivia aqui na terra, juntinho com a gente, nos cuidando, zelando.
Agora, querida vovó, irei compensá-la por tudo!
Zelando bem de minha filhinha, contando de todo o bem que a senhora nos fez, ajudando todos a amarem seus entes queridos antes que seja tarde.
Sei também que vou lhe abraçar bem demorado quando lhe encontrar aí no Céu, querida vovó.
O amor nos faz eternos e nunca esquece. Estamos juntinhos para sempre, mesmo a senhora não tendo mais seu corpo físico individual.
Te amo sempre amarei.
Querida vovó.