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CARTA À MINHA CRIANÇA INTERIOR

CARTA À MINHA CRIANÇA INTERIOR
Maria da Salete Ximenes Cavalcante
jan. 14 - 5 min de leitura
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Falar de criança interior requer uma breve reflexão por ser um conteúdo que fala de muita dor, mas de muita resiliência também.

“Todos temos uma criança interior. A criança é o nosso canal para o divino. É ela que mantém a chama de vida acesa, iluminando em nós qualidades como entusiasmo, leveza, curiosidade, humor e espontaneidade.

Segundo Louise Rey, criança interior é uma parte da nossa mente que experimentou a vida, se adaptou a certos comportamentos e padrões para viver. É uma parte inconsciente de nossa mente, onde carregamos nossas necessidades não satisfeitas, emoções reprimidas da infância, criatividade, intuição e capacidade de brincar. É aquela que se manifesta em nós e cujas experiências ainda não “foram embora”. Várias vezes, vemos ainda o mundo através dos olhos de nossa criança.

 Carl Gustav Jung (1875-196) “Em todo adulto espreita uma criança - uma criança eterna, algo que está sempre vindo a ser, que nunca está completo, e que solicita, atenção e educação incessantes. Essa é a parte da personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa.

O relacionamento que tivemos com nossos pais em nossa infância molda cada relacionamento que temos na fase adulta. Quando crianças devemos aprender a nos expressar, dizendo como nos sentimos.

Segundo a mestra Olinda Guedes, às vezes precisamos de uma figura adulta para nos guiar em meio às “grandes emoções” vivenciadas nessa fase, um tio, um padrinho, Jesus, mamãe do céu ou alguém que você ame e lhe inspire confiança.

Queremos e precisamos muito ser vistos e ouvidos pelos nossos pais. No entanto, grande parte de nós nasceu de pais que carregam seus próprios traumas não resolvidos, herdados de seus próprios pais e antepassados. Sendo também difícil para eles saber como regular suas próprias emoções e, portanto, não conseguem lidar bem com as nossas.

Queremos lidar com essa realidade adaptando-nos a agradar nossos pais de forma a nos tornarmos o que eles querem que sejamos, por exemplo, a  boazinha ou um bom menino.

Nessa busca para agradar aos nossos pais, nos comportamos da maneira que eles valorizam e veem como “boas” e rejeitamos as partes em nós que são vistas por eles como vergonhosas ou “más”.

Pequenas versões de nós mesmos estão esperando para serem integradas, aceitas, amadas, impulsionadas em direção a uma vida adulta que lhes dê acolhimento e proteção. É o que mais deseja a criança feliz, curiosa, sonhadora, indefesa, insegura, medrosa, mandona que acredita que o mundo gira ao seu redor, a criativa capaz de inventar histórias e brincadeiras das mais diversas.

Às vezes acordo com saudades de mim mesma. O resgate da criança é parte fundamental do despertar. Sem a criança, não há vida espontânea, não há alegria, não há esperança. Quem não sente saudades da criança que foi de vez em quando?

Dos dias em que a vida se resumia em escolher que brincadeiras e desenhos iríamos fazer, o dia da próxima comidinha no domingo, das brincadeiras de roda nas noites enluaradas, de recitar versos nas brincadeiras de meu lado direito está desocupado, do anelzinho que andou, andou e em qual mão ficou? De jogar bola ou de simplesmente formar palavras com nomes de frutas, de flores, de objetos, de ver TV, filmes, jogos e etc.

O excesso de seriedade deve ser deixado de lado, queira brincar mais e experienciar essa leveza divina que torna a existência possível.

“Sejamos leves. A vida chega a ser cruel com os adultos. Deixe de ser adulto chato que não sabe ter a doçura no olhar e a ingenuidade necessária para bem viver. ”

Importante acolhermos a criança interior em sua totalidade. Tudo o que ela traz, tanto suas tendências boas como ruins, que estejamos livres para, expressar nossa verdadeira essência que existe dentro de nós.

Quando a criança interior está desperta em nós de forma saudável, ela nos traz coragem, entusiasmo e equilíbrio. Assim sendo, podemos  nos tornar mais capazes de transmitir amor a nós e à família.

                          Eu sinto muito! Me perdoe! Eu te amo ! Sou Grata!

                                                            Maria da Salete

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