Quanto amor e quanta alegria escrever estas palavras a vocês.
Tomá-los em meu coração com tanta gratidão e honrar a existência de cada um, pois é por vocês que eu estou aqui hoje, podendo experimentar tudo que esta vida maravilhosa oferece.
Meus queridos avós maternos, Vendelino, já falecido, muito amoroso e brincalhão, gostava de sentar na varanda de casa olhar o movimento e tomar sua pinguinha antes do almoço. Vó Lurdes, ainda está conosco, ótima cozinheira, mulher batalhadora porém muito reservada, raramente demonstrando carinho.
Infelizmente a família materna não comenta muito sobre seus antepassados, como bons alemães.
Meus queridos avós paternos, não os conheci, ambos já estão em outra dimensão, mas sinto um carinho todo especial por eles, vovô Dizma partiu cedo deixando uma família numerosa que apesar de tantas dificuldades se manteve e mantém unida até hoje, talvez graças à força, amorosidade e doçura da vovó Joana, que faz verter lágrimas dos meus olhos de tanta saudade, tanto amor que sinto por ela, uma imensa vontade de abraçá-la e beijá-la!
Ah vovó, quanta falta faz ao meu coração!
A história dos bisavós e tataravós paternos foi marcada de muita dificuldade, medo, perdas, fugindo da guerra, de saudades de sua terra natal, mas toda essa lição, todo esse passado me traz superação e certeza de que faço parte de um sistema familiar único e lindo.
Sei que ainda existem coisas a serem curadas, pessoas a serem incluídas nesse nosso sistema, mas sei que tudo tem seu tempo e as curas e inclusões virão. Por agora posso dizer:
"EU VEJO VOCÊS, EU VEJO TODOS VOCÊS E DOU UM BOM LUGAR NO MEU CORAÇÃO".
P.S.: A foto é dos meus antepassados paternos.