Aos meus queridos Antepassados:
Àqueles que vieram antes de mim, e a cada decisão tomada por eles, certa ou errada, para que eu estivesse aqui hoje: gratidão.
Primeiramente quero pedir desculpas a cada um de vocês por só ter me interessado pelas suas histórias depois de muito tempo nesse mundo. Muito ainda tenho para descobrir. Quando vocês partiram, levaram com vocês todas as memórias e com elas parte do que eu sou e que talvez nunca saiba.
Quero começar a dizer que a morte, conhecida, repentinamente pela ida do meu querido pai, meu antepassado mais próximo, no dia 17 de Março do presente ano, me fez conhecer um sentimento que jamais imaginei sentir: a “dor” da perda. Sim, coloco entre parênteses, pois não há nesse mundo palavra que defina tamanho sentimento.
Com ele se foi parte da minha história. Foi uma honra conhecê-lo pai!
Depois de fazer terapia e me tornar uma terapeuta, aprendi a importância de saber um pouco mais sobre quem vocês foram, e em alguns momentos vinham as perguntas:
Pai como era o nono? Como foi sua infância? Como era a vida naquela época? Etc...
E você adorava contar suas dificuldades por ter perdido o pai tão jovem, e como a sua vida foi dura. Percebo hoje que te perguntei pouco...
Sei pouco sobre meus antepassados, tive pouco contato com meus avôs. Mas indiferente de qualquer coisa, sei que não foram só flores, que houveram coisas erradas, mas que com certeza foram pessoas de muita coragem, com valores, de coração muito bom, amáveis, trabalhadores, honestos e tudo que posso ver e sentir em mim.
Sou grata a cada um de vocês pela força e o amor que chegou até mim, honro e incluo cada um de vocês no meu coração, pois sei, que cada um faz parte, com tudo o que viveu neste mesmo mundo que habito.
Amo vocês e peço sempre que me abençoem, pois sei que estão aqui.
Marisa Teresa Scritori Barceli
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