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CARTA AOS ANTEPASSADOS

CARTA AOS ANTEPASSADOS
Maria Teresa L. Figueira Leite
jun. 12 - 3 min de leitura
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Bom dia família!

Quanto tempo não nos vemos!

Que saudades daqueles dias... Dias em que a comida tinha sabor de mesa cheia. Dias em que as vozes se misturavam, as vezes as brincadeiras eram praticamente uma verdade escapada.

Verdades, assuntos confusos, olhares sisudos - silêncio e riso.

Queridos avós maternos, que a casa sempre vazia se enchia de nós nas férias. Quantos eram as prosas secretas que permeavam o encontro dos tios – falando sobre os pais... Às vezes confusões, discussões, e pazes... Quanta dor guardada em gavetas que cheiravam ao perfume chamado promessa (bem sugestivo) e eram trancadas no subconsciente do clã. Naquela casa tinha porão.

Filhos vivos, filhos mortos, pessoas desconhecidas e muito intimas... Origens sem origens!?!

Mesa sempre posta, cheiro de pão torrado na torradeira que era uma panela elétrica – quanta modernidade – suco de manga, sorvete de manga, época de manga. Calor! Nossa, uma viagem, nas viagens de férias. Aquele toque em minhas mãos que não se apaga... E o cheiro de pós-barba com pó de arroz que impregna.

Queridos avós, que saudades, que ansiedade de ir vê-los.

Da expectativa de receber noticias, numa cartinha doce que chegava repleta de amor.

Meus queridos Avós- Padrinhos, quanta gratidão por ter seus traços físicos, por ser amada e por ter essa deliciosa recordação em meu coração. Sinto muito se não pude estar mais... Na verdade eu muito queria. Até planos fazia, mas não foi possível... Gratidão!

Queridos avós paternos, quantas saudades de tudo que vivi aos seus cuidados...  saudades do sorriso do meu avô, sorriso de contentamento, da alegria e do orgulho de me expor como um troféu por toda a cidade – ambas bem pequenas à época – como a primeira neta. Vó, como era briguenta, mas acho que nos parecíamos e então, discordávamos! Mas nos amávamos.

Meus queridos Avós- Pais – reconheço em vocês muito do que há em mim.

O jeito de cozinhar, de raciocinar, de criar, de amar! Esse desprendimento absoluto em favor de um filho é um aprendizado que levo e entrego ao meu filho... Sei que fui muito impulsiva, por vezes os magoei, mas a constante convivência e o desenvolvimento humano produz faísca e às vezes, gera combustão. O tempo que vivemos juntos está entranhado no meu ser, no meu existir. Quantas tentativas de serem os melhores – mas foram em verdade, perfeitos! O olhar amoroso e desejoso de muitas felicidades existia, e eu talvez não via. Hoje me pego repetindo falas, posturas e julgamentos.

Quantas histórias vem antes de mim!?!

Quantas angústias, dificuldades, tristezas e desamor. Muita falta! Mas o amor verdadeiro resistiu a tudo isso! E chegou até mim.

Gratidão!

Olho para esse clã que se estende atrás do meu pai e vejo muita discórdia, mágoa, enganos, mentiras, vantagens indevidas, dor, perdas de bens materiais que custaram vidas, mulheres subjugadas, mas conscientes de suas forças. Vejo tanta necessidade de comida. Mas vejo muito amor fraterno, uma união de sobrevivência.

O amor venceu e o clã seguiu. Tudo ficará bem! Nesse baque!

Queridos Antepassados, todos do meu sistema, esses avós que lembro mais e os anteriores que lembro menos.

 Hoje eu os vejo! Somos! Vocês fizeram tudo para eu estar aqui, e eu farei algo bom pra honrar a todos.

Gratidão!

Bença Vô, Bença Vó!  Saudades!

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