Queridos Antepassados
Humildemente, com o coração aberto para ver e sentir todos os ensinamentos que guardo no mais íntimo e profundo do meu ser escrevo a vocês, com amor, estas palavras...
Tomo consciência, através da presença da divindade que sei que habita em mim, de todas as dores mais profundas que vocês, meus antepassados, tiveram que viver por precisarem deixar seus países, Itália e Alemanha. Sei que foram momentos de guerra e de injustiças sociais e de toda ordem, que fizeram que deixassem para trás suas vidas já organizadas e felizes, para viverem momentos de incerteza, de desesperança e muitas vezes de dependência. Sinto muito!
Sinto muito por todos que foram deixados nos campos de concentração para morrerem de inanição e tristeza, por todos os que perderam a vida nos navios, por todas as crianças que não puderam nascer com saúde, por todos os abortos provocados ou não, por todos os assassinatos mesmo que por auto defesa, pelos suicídios, pelas traições, pelas doenças mentais e físicas, pelos furtos, pelas ofensas, pelos adultérios, pelos abusos de toda natureza e por todas as perdas econômicas. Sinto muito por todos os desamores! Eu amo todos vocês, por igual!
Eu vejo tudo isso. Pertenço a este grupo de pessoas que foram e são unidas por parentesco e linhagem, mas, a partir deste momento, me liberto de qualquer dor ou doença. Eu e qualquer descendente meu não precisará repetir padrões de comportamento que causem algum tipo de infelicidade ou falta de abundância, para se sentir pertencente. Nós pertencemos. Me liberto totalmente.
Me perdoem, meus amados antepassados, por todas as ofensas que porventura proferi contra vocês em algum momento de fúria e ingratidão. Me perdoem! Eu amo vocês!
Sou profundamente grata a cada um de vocês, por me darem o bem maior que é a vida, por eu ser exatamente como eu sou, livre, feliz e perfeita. Vocês são grandes, eu sou pequena e os respeito.
Vocês, meus antepassados, serviram e servem e eu sirvo e servirei.