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CARTA AOS ANTEPASSADOS

CARTA AOS ANTEPASSADOS
Jane Regina Dias
set. 12 - 3 min de leitura
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Eu sou filha de Alzira Saldanha Camargo, paranaense, e Sebastião Benedito Dias, mineiro, que se conheceram após o primeiro casamento deles, ambos com filhos. Sou a segunda filha desta união (eu acho).

Minha mãe é o meu motivo de tanta busca por ajuda, ao mesmo tempo tenho admiração e nossas brigas só nos aproxima em jeito, histórias e profissão e percebo que o que rejeito, me toma.

Meu pai foi meu herói, companheiro e inspiração. Acabei tomando um lugar que não me pertencia entre o casal e isso foi o mais difícil para superar como trauma.

Falar de meus ancestrais é me aproximar de outra forma, pois o convívio foi muito pouco.

Sei que minha avó materna, Margarida de Freitas Saldanha (1919-1981) é a mais presente em minha vida, pois minha mãe diz que temos gênios iguais (leoninas) e me recordo da dor de sua partida e, como criança, tomei seu lugar para cuidar de quase todos da família.

Hoje sei que foi por amor arrogante infantil e estou entregando, aos poucos, o que não me pertence, pois é muito pesado. Fico com sua força, de uma mulher corajosa, que criou seus filhos longe do seu marido, vovô Ottoniel Bueno de Camargo, homem que teve muitos filhos em outros relacionamentos, portanto, tenho uma família bem numerosa.

Muitas vezes senti a presença da bisavó materna, Cecília Anastásia Pereira, nos meus sonhos e foi muito bom sentir seu carinho e apoio. Meu bisavô Henrique Freitas Saldanha, português, só sei que era muito bom com minha mãe.

Venho de uma família de mulheres viúvas e que criaram seus filhos com ajuda de outros. E recentemente soube que minha sobrinha está pesquisando nossa árvore genealógica e que somos descendentes de judeus espanhóis, minha mãe ficou revoltada e não quer admitir. Eu me assustei no início porque fez total sentido em muitas coisas que observo no campo familiar.

Minha vovó paterna, Guilhermina Dias, foi a que mais tive contato, com seu jeito mineiro de falar, ser e de cozinhar coisas gostosas. Era muito boa nossa relação.

Eu não soube de muitas coisas sobre suas histórias, ou, admito, não tinha interesse por não acreditar que eram verdadeiras, mas trago cada um de vocês no meu coração e vejo que sou tão forte quanto meus ancestrais negros do meu vovô paterno José Dias, e acabei repetindo suas histórias de sacrifícios, pobreza, fugas, perdas, amores interrompidos, violências e vícios.

Mas, hoje estou aqui ressignificando, entregando, acolhendo cada um de vocês no meu coração e me tornando uma pessoa que busca melhorar através de terapias e constelações, para deixar o caminho mais leve para meus filhos, sobrinhas e descendentes.

Eu sou grata à tudo e todos como foram e peço suas bênçãos para fazer um pouco diferente daqui em diante. Vou honrar a história de vocês fazendo algo de bom com minha vida e para o mundo.

            Gratidão. Sim! Sim! Sim!

#Mod01 #antepassados #gratidão # família 

 

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