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CARTA AOS ANTEPASSADOS

CARTA AOS ANTEPASSADOS
Larissa Finck
out. 19 - 3 min de leitura
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Queridos antepassados,

Confesso que não sei bem por onde começar.

São tantas afinidades, tantos desafios, mas o que toca hoje o meu coração é a necessidade de falar sobre as mulheres do nosso sistema.

Por anos eu vivi muitas dores com relação ao feminino. Vivi relacionamentos amorosos difíceis, minha relação com minha saúde, sintomas e doenças, vivi autos e baixos, mas principalmente, eu vivi muitos sonhos românticos frustrados.

Desde muito nova buscando no amor as respostas para as minhas questões, sonhando com o amor, com o casamento, com a família. Ao viver minhas experiências amorosas eu me distanciava do grande sonho, que sinceramente, nem sei qual era, só sabia que ele existia.  

Relacionamentos frustrados, excesso de controle, insegurança, a necessidade de ter no outro meu porto seguro, as soluções de minha vida.  O meu caminho de cura começou quando entendi a semelhança da luta travada pelas mulheres para serem vistas, amadas e acolhidas.

Minhas queridas avós, materna (Eleonora) e paterna (Yara Ruth) se viram perdendo seus maridos, meus amados avôs, cedo e precisando cuidar de seus filhos em uma jornada solitária.

Minha mãe e minhas tias se tornaram grandes guerreiras que foram à luta para crescer. Aprenderam a fazer tudo sozinhas e apesar disso, na vida relacional, viveram ou vivem em sua maioria, relacionamentos cheios de conflitos.

São mulheres que carregam em si a dor da solidão, a dor de serem machucadas, traídas.

Certo dia eu fiquei sabendo da história de um tio paterno (fruto de uma relação extraconjugal), que apareceu com sua mãe no velório do meu avô. Ninguém pôde acolhê-los no momento, então eu digo agora que vocês fazem parte. Vocês pertencem.

Agora eu posso dizer também que é possível encontrar no amor, carinho, aconchego, no amor das nossas mamães, na força do nosso feminino. Vocês nunca estiveram sozinhas.

É possível também olharmos com amor aos homens da família, dos pais, tios e avôs que por algum motivo falharam. Eles também pertencem. Não é fácil para nós olharmos para o masculino e honrá-lo, mas é parte de uma jornada de amor. Um amor completo, feminino e masculino, mãe e pai, acolhimento e ação. Tudo isso pode e vai ser bom de hoje em diante.

Deve ser por isso que desde nova me identifico ao tema amor e seus desdobramentos. São tantas histórias vividas. Mas, o tempo de lutas acabou, agora é tempo de receber, carinho, amor, cuidado e proteção.

As guerreiras ficam em nossos corações, mas agora as mulheres podem relaxar. Estamos seguras. Agora podemos viver outros sonhos.

Que assim seja!

Com amor aos meus pais, avós, bisavós e todas as gerações que vieram antes ou que virão depois. O amor cura. Eu amo vocês!

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