Queridos homens do meu sistema, eu sinto muito!
Eu sinto muito por tanta dor, por tantas injustiças, tantas guerras, tanta desvalorização.
Sinto por ter culpado vocês por todas as dores da família. Sinto por ter desconsiderado toda a sua luta e todo o seu sofrimento.
Sinto muito, Vovô, por ter te considerado autoritário e insensível, mas hoje vejo que você foi perfeito. Me deixou meu pai, pessoa maravilhosa que tudo fez e faz por amor. Como todos os homens da família fizeram, por amor.
Sinto muito, Vô! Julguei muito, culpei muito. Mas trago comigo o melhor de você. Ainda sinto todo o seu amor. Ainda ouço a sua voz cantando serestas.
Sinto muito, meu irmão! Julguei muito, sofri muito. Eu queria salvar minha mãe e ela não me olhava, então eu culpei você. Eu tomei as dores dela para mim e fiquei estagnada. Agora eu vejo você! Eu vejo que você estava mostrando as dores de todos os homens do nosso sistema. Todos os homens que não foram vistos, não foram amados, sofreram com a opressão e o desamor.
Gratidão a todos os homens do meu sistema que amaram tanto e não foram vistos. Eu vejo e reverencio todos vocês. Hoje eu consigo enxergá-los.
Me perdoem! Guardo vocês em cada célula do meu corpo e sou resultado do seu amor, das suas lutas e da sua garra.
Recebam o meu amor e minha gratidão!
Gratidão Escola Real!
Gratidão Juliana!