Ao repensar agora sobre meu conto de fadas favorito, sob a visão sistêmica, suspiro como num abrir de olhos!
Cinderela mexeu com minha criança interior, seus olhinhos brilharam e eu agora, ao abrir meus olhos da alma, me reconheci na menina que não pode ter o amor dos pais, não por que não a amavam, a mãe faleceu, depois o pai e a madrasta e suas filhas a fizeram de empregada, sua vida foi muito difícil, mas um dia encontrou seu príncipe encantado que a procurou fervorosamente, ela era tão boa de coração que o Amor a encontrou, mesmo ela estando tão escondida, tão esquecida.
Comigo também foi assim, tive o amor dos meus pais, mas tive que crescer muito rápido devido as circunstâncias; me sentia como uma borralheira, via minhas primas sonhando com os príncipes e eu sonhava com a liberdade emocional e financeira, rsrs.
Eu sempre fingindo estar alegre para que a vida de minha amada mãe ficasse mais leve, aos poucos parti atrás de meus sonhos, fui morar fora, meus pais sempre me ajudando, eu nem sequer sonhava mais com um príncipe, queria estudar.
Mas, assim como num baile de conto de fadas, inesperadamente , eu conheci o rapaz que se tornaria meu marido no meu baile do bicho , quando entrei na faculdade; me casei aos 25 anos com um verdadeiro príncipe, rsrsrs, com um lindo vestido rodado, porém leve como o da cinderela, rsrsrs.
Sou uma pessoa muito feliz no casamento, dois filhos lindos, muito leal e amorosa, tenho dificuldade em entender como existem pessoas como a madrasta e suas filhas que ao invés de amarem a cinderela, a invejavam e a maltratavam.
Acredito que quanto mais distribuímos amor, mais amor recebemos! É o lindo ciclo divino da vida: Amar.