Para auxiliar um cliente em seu processo de cura, é essencial que o terapeuta pratique as cinco ordens da ajuda, conforme Bert Hellinger descreveu.
Quando estamos respeitando essas ordens, também estamos em paz com os princípios sistêmicos dando ao outro a oportunidade e pertencer como ele é, com tudo que ele traz e sem julgamentos.
Estamos conduzindo esse cliente pela mão, mas ao mesmo tempo respeitando seu processo entendendo que cada indivíduo leva um tempo. Dessa forma, olhamos para a ordem. Cada um ocupa seu lugar, e eu como terapeuta, permaneço no meu espaço.
E por fim, é possível compreender que quando o terapeuta permanece em seu lugar, ele também entra num movimento de compensação. Ele pode equilibrar e continuar entregando o melhor, mas sem carregar as questões do cliente.
Nesse sentido, compreendo que as cinco ordens da ajuda são vistas e só assim um terapeuta pode ter sucesso, quando ele ajuda mas não toma para si.
As ordens da ajuda são:
- dar apenas o que tem e receber o que realmente necessita
- conhecer a realidade do cliente, o território
- olhar o cliente como adulto capaz de resolver seus problemas
- honrar e respeitar o cliente e seu sistema
- não julgar ou condenar
Talvez muitas pessoas que adentram o campo das terapias para atuarem como profissionais, possam infligir as ordens da ajuda entregando mais do que poderiam.
Percebo essa similaridade também na esfera da educação e da saúde. Muitos profissionais adoecem por não entenderem qual o seu devido lugar. As ordens da ajuda e os princípios sistêmicos deveriam estar descritos no manual de trabalho.
Por isso, é tão importante nos colocarmos em nosso lugar e entendermos como devemos proceder antes e depois das constelações, a gramática e como orientar os clientes.
Assim como ensinado na aula, até a forma como o cliente faz seu agendamento, já é informação do campo e um bom terapeuta está atento a todas essas informações.
A constelação começa muito antes.