Eu tenho muita dificuldade em lidar com a organização de tempo no meu dia a dia. Não consigo organizar a minha rotina dentro de tudo que tenho que realizar durante o meu dia de trabalho, por exemplo, mas tenho algo que nomeio até inexplicável ou sobrenatural na minha vida, no qual tudo que tenho que realizar, como atribuições e obrigações profissionais, eu consigo dar conta mesmo não organizando e planejando antecipadamente.
Talvez a certeza de que tudo vai dar tempo e de que tudo vai dar certo se tornou um empecilho para motivar a organização e o planejamento da minha rotina, mas ao mesmo tempo me sinto sempre desgastada emocionalmente. Não sei se me fiz entender, mas a verdade é, não me planejo, dou conta, porém sofro...
Já em relação ao dinheiro, eu trabalho duro, ganho o meu dinheiro, porém tenho “medo” dele. Tenho tudo que eu preciso e gosto, proporcionado pelo dinheiro que ganho à custa do meu trabalho, mas tenho dificuldade muitas vezes em definir as prioridades de gastos num contexto pessoal e conjugal, existem muitas divergências nas questões financeiras dentro do meu casamento.
Que fichas caíram enquanto eu assisti as aulas deste módulo?
Quando ouvi nesta aula que “tempo” é mãe e “dinheiro” é pai, muita coisa me fez sentido. Tenho na minha mãe uma força inexplicável. Minha mãe sofreu muito na infância e adolescência. Sempre lhe foi imposto as coisas da vida, ela não teve direito a escolha de nada, se define submissa na condição de filha e esposa.
Sonhou em ser professora e não lhe foi dada a oportunidade de estudo e nem teve aceitação do pai, sonhou em namorar e casar na maturidade da vida e teve um casamento precoce e imposto, com marido também escolhido pelo pai...
Após casada quis ter uma vida de paz, mas teve a vida conjugal “invadida” pelo pai, gerando brigas e desentendimentos no casamento.
Já o meu pai, um homem honesto e muito trabalhador, porém absurdamente sistemático, dizia que o dinheiro ele ganhava através do seu trabalho, mas minha mãe teria que cuidar das finanças, e nem sempre o que ele ganhava era suficiente, mas a culpa sempre era dela, dizia que ela é que não sabia “gastar”.
Resumindo duas condutas que me influenciaram e que possivelmente podem explicar o meu relacionamento conturbado atualmente com o tempo e o dinheiro...