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COMO MUDEI MINHA REALIDADE FINANCEIRA.

COMO MUDEI MINHA REALIDADE FINANCEIRA.
tania Monteiro Lopes
mar. 20 - 5 min de leitura
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Nasci e fui criada na roça. Sou a 10° filha de Jorge Neponucena de Souza e Maria Monteiro Neponucena. 

Passei a minha infância vendo minha mãe preocupada em dar o melhor que ela podia para seus filhos. Minha mãe era muito forte, enérgica, brava, e fazia de tudo para que pudéssemos estudar e ter uma vida diferente da que ela estava vivendo.

Meu pai passava a impressão de bravo, ele só olhava prá gente e a gente se tremia toda. A função do meu pai era colocar alimento dentro de casa, nunca faltou nada, e minha mãe uma excelente administradora, porque cuidava de tudo para que a feira da semana pudesse alimentar 11 filhos e mais um tanto de gente que eles acolhiam dentro de casa (afilhados, e outras pessoas que meu pai dava trabalho na lavoura).

Minha mãe reclamava muito do meu pai, porque ele nunca foi um homem romântico, e ele nunca dava dinheiro prá ela. Se precisássemos de roupas, calçados, materiais escolar, minha mãe era que tinha que dá conta. Então ela fazia horta, e vendia verduras e ovos na feira todo sábado para nos vestir e nos manter na escola.

Meu pai sempre gostou muito de dinheiro, ele adorava exibir pacotes de dinheiro, e emprestava muito dinheiro para os amigos e conhecido. E muitas e muitas vezes ele levou calote. Mas mesmo assim ele continuava a emprestar. E minha mãe sentia muita raiva disso, porque ela sempre ajudou ele na roça e prá ele colocar comida na mesa já era o suficiente.

E passei minha infância e adolescência vendo minha mãe ressentida, magoada  com ele, ela o tratava com rispidez, e eu sempre tentando fazer os dois ficarem bem. Eu falava pro meu pai: Dá um beijinho na mãe, e quando ele ia dá um cheiro nela ela já empurrava e falava bravo: sai pra lá.

E fui crescendo. Aos 16 anos arrumei meu primeiro emprego, fiquei tão feliz com meu salário que investia tudo em roupa. O tempo foi passando e minha relação com o dinheiro não era das melhores. Vivia numa escassez. Trabalhei quase um ano num lugar que atrasava o pagamento, as vezes ficava dois meses sem receber.

Aos 20 anos me casei, e foi uma dureza também, mal tínhamos dinheiro para pagar o aluguel. Aos 25 anos, eu já tinha meu primeiro filho, e senti a necessidade de melhorar de vida. Voltei a estudar e busquei uma profissão. Quando eu já estava formada, fui pedir para meu pai me emprestar um valor que eu precisava para montar meu consultório. E ele disse: Não tenho. Falei com minha mãe e mais uma vez ela me disse: Ele tem sim, só não quer te emprestar. E isso acabou comigo, e enfraqueceu muito minha relação com meu pai. Senti raiva dele, e passei a tratá-lo com respeito mas por obrigação, porque eu não conseguia sentir amor por ele.

Eu conseguir montar meu consultório sem a ajuda dele. E todas as vezes que eu falava com meu pai ele me perguntava: E ai minha filha você tá ganhando muito dinheiro?

E isso me irritava muito. Porque no meu ponto de vista ele só pensava em dinheiro, só isso que interessava.

E mesmo com meu consultório pronto, eu trabalhando bastante, ainda tinha muita dificuldade financeira. Tinha dificuldades em cobrar e receber pelos meus serviços. 

E um belo dia me veio uma consciência de que eu precisava me reconciliar com meu pai, eu precisava recebê-lo, e que do jeito dele ele sempre me amou e se preocupou comigo. E percebi que nem tudo que minha mãe falava dele era verdade. Ela dizia tudo aquilo porque estava magoada com ele, mas ele sempre foi muito bom comigo. 

E fiz muito trabalho de perdão com meu pai, até que conseguir enxergá-lo com um novo olhar amoroso. E minha vida financeira mudou completamente. Sair da escassez e passei a viver abundância em todos os aspectos da minha vida.

Ainda hoje vejo minha mãe ressentida com meu pai, e meu sonho é vê-los felizes. Mesmo estando na permissão da escolha deles, eu gostaria muito que minha mãe superasse todas as memorias negativas com relação ao meu pai e ao dinheiro.

Ass: Tânia

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