Diante da grandiosidade dos ensinamentos de Bert Hellinger é que, por meio deste, podemos nos valer da proposta de “renovação celular sistêmica”. Digo isso, pois sua contribuição para a humanidade é imensurável, uma vez que, através dela, temos a oportunidade de nos tornarmos mais leves e autores da nossa própria história.
Sabemos que não nos encerramos em nós mesmos. Digo mais, sabemos que não somos singulares e que, por meio do nosso plural, perpetuamos emaranhados transgeracionais e criamos mais emaranhados durante a nossa existência.
Por meio da constelação familiar, os emaranhamentos produzidos e perpetuados no sistema podem ser evitados. Para isso, é imprescindível que as dinâmicas familiares sigam determinadas leis universais chamadas por Bert Hellinger de: as Ordens do amor.
Segundo ele, desde sempre, essas leis regem o mundo e fazem com que sigamos nosso bailar nas linhas na vida. Se formos capazes de nos debruçarmos sobre essas leis como bússola norteadora, conseguiremos nos aproximar muito da quietude, respeito e reverência que nós, como seres espirituais, somos.
Devemos levar em consideração que um novo capítulo está sendo escrito por meio deste conhecimento. Ele nos mostra como um olhar sem preconceitos para a realidade nos proporciona a intuição liberadora e curativa. Com isso, devemos observar que as ordens preestabelecidas para o amor nas relações humanas conduzem ao bem estar maior.
Para sermos bem sucedidos no amor, se faz necessário o conhecimento destas leis, pois o amor cego e inconsciente, que desconhece essas ordens, frequentemente nos desencaminha. Por outro lado, o amor, que as conhece e as respeita, realiza o que almejamos, produz em nós e ao nosso redor efeitos benéficos e curativos.
Ele introduz ao trabalho, com as constelações familiares, a ajuda para revelar o que nos enreda nos destinos de outros membros da família e do grupo familiar, bem como os efeitos desses envolvimentos. Traz à luz, sobretudo, quando, como e de acordo com que leis, é possível desprender-se de tais emaranhamentos.
Essa dinâmica sutil e vigorosa se expressa na família e no grupo familiar, do qual o indivíduo faz parte, por meio de uma necessidade de compensação e de vínculo, vivenciada por todos. Não se tolera a exclusão de nenhum membro. Quando a exclusão acontece, o destino dos membros excluídos é inconscientemente tomado por membros subsequentes desta família.
Sendo assim, quando os sucessores remanescentes reconhecem os excluídos como também pertencentes a esse grupo familiar, o amor e o respeito os envolvem e compensam a injustiça que foi cometida. Desta forma, seus destinos não precisam ser mais uma vez repetidos.
É valido levarmos em consideração também aquilo que, na comunidade de destino constituída pela família e pelo grupo familiar, provoca doenças graves, acidentes ou suicídios, e o que pode reverter tais destinos. Além disso, devemos lançar um olhar sobre o caminho do conhecimento que conduz à percepção das ordens aqui descritas.
Poderemos experimentar em nós mesmos que a intuição liberadora e curativa, que nasce do simples olhar centrado, fulgura de repente como um raio na escuridão e atinge o alvo.