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CONCLUSÃO DE CURSO - DE SEMENTINHA A ÁRVORE

CONCLUSÃO DE CURSO - DE SEMENTINHA A ÁRVORE
Ana Raquel Panetta
jun. 11 - 5 min de leitura
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Comecei no curso como uma pessoa amarga e triste, da qual não via um futuro pela frente.

Já no início do curso ao fazer a carta para os antepassados, senti grande gratidão; e ao ir escrevendo fui enxergando de maneira diferente minha história e a deles.

Hoje preciso refazê-la, pois não é somente a linhagem do meu pai que veio de guerras, porém de minha mãe também, algo que sequer imaginava e já aqui, minha vida foi ficando melhor, mais feliz.

Fui descobrindo que meu avô, minha mãe, eu, minha irmã e mais duas primas, somos gerações de funcionários públicos, olhando para o mesmo lugar.

Descobri que estava fora do meu lugar, que queria ajeitar e facilitar a vida de todo mundo, mais especificamente de minha mãe.

Descobri que meu casamento não estava bom, pois estava fazendo uma leitura dos meus pais e achando meu marido o tadinho, como achava meu pai. 

Descobri que o destino do meu pai e a vida que ele viveu foi o bastante. Que ele teve uma história linda de superação de guerra, que todos da família foram pessoas vitoriosas por virem ao Brasil, por passarem por uma guerra de forma tão honrada.

Durante as vivências em constelação fui percebendo as lindas histórias, as exclusões, as doenças, as tristezas que cada sistema carrega e que muitas destas histórias são muito piores que a minha e que não tinha o porquê sentir daquela forma do começo do curso.

Senti grande felicidade ao escrever sobre minha filha, sobre minha gravidez aos 43 anos, uma bênção de Deus. O quanto ela me ama e faz tudo por mim e seu pai.

Graças ao curso hoje quando perguntam para ela o porquê é isso ou aquilo ou fazem  um elogio ela responde: porque sou a melhor metade do papai e da mamãe. Sou os dois na melhor versão e as pessoas se surpreendem.

Descobri que sou melhor mãe do que imaginava e me culpava à toa, pois sempre a defendi nas escolas que passou, que estou sempre de olho se alguém faz alguma coisa que a magoa ou que a maltrata; estou  sempre pronta a responder e defender e neste momento me vi socorrendo minha criança ferida.

Minha filha veio como um resgate no qual podemos sim fazer diferente de nossos pais e também percebi que fazemos muito igual a eles mesmo não querendo.

Descobri também que algumas regras que eles usavam estavam certas e também estou colocando em prática, pois afinal também tenho minha melhor versão do meu pai e da minha mãe.

Revi todos meus trabalhos e empregos. O quanto comecei tímida e no que me tornei hoje através de minha profissão, graças ao meu pai que me levou para o mundo.

Diferente da maioria das pessoas no curso eu descobri que não tinha problemas com dinheiro, nem profissão, porém gastava excessivamente com o que não precisava, comprando sempre a mais do que precisava. Neste momento descobri que sou uma gêmea evanescente.

Eu me constelei e para minha surpresa meu campo não mexia, estava olhando para minha gêmea e ao falar que eu sentia muito por seu destino o campo se moveu.

Nas noites escuras descobri os cânceres da família, os AVCs e descobri também que meus avós maternos morreram desta doença. Descobri os motivos da depressão na família de ambos os lados e das doenças mentais (quanto aprendizado aqui).

Li o livro Longe da Árvore e descobri o quanto a gente quer modificar nossos filhos para que se pareçam mais conosco. Que a aceitação numa síndrome, numa esquizofrenia, num filho nascido de estupro, num filho que se torna assassino são bem difíceis, porém absolutamente somos capazes de aceitar, pois geramos estas vidas e toda vida importa.

Hoje já não me reconheço naquela pessoa triste que entrou neste curso, estou totalmente transformada.

Sei que tudo que fiz e as escolhas foi porque estava emaranhada e era a consciência que tinha naquele momento. Que tanto posso quanto estou mudando a cada dia. Que o auto respeito que hoje tenho por mim, consegui graças a este curso e que hoje eu sei que a vida de minha filha será um tanto mais leve e feliz do que foi a minha.

Também aprendi que as vezes a gente quer que nossos filhos sigam nossas vivências, mas que está tudo certo eles seguirem seus caminhos, que nossos medos são por amor e que não queremos que sofram.

Por fim entrei uma sementinha e saio uma árvore frondosa, da qual usará as constelações e os ensinamentos da mestra Olinda e de Bert Hellinguer para nutrir cada dia mais suas raízes e a cada dia fazer diferente.

Isto levo para minha vida: cada dia fazendo meu melhor e um pouquinho diferente. Que quando estamos tristes basta um perfume, uma roupa, olhar uma flor, observar o céu, tomar um bom café e tudo se resolve, pois nossos caminhos já foram abertos pelos nossos antepassados e não faz mal fazer um tantinho diferente, nem viver um tantinho a mais.  

 

#RCCFR 

 

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