Em todas as famílias ou sistemas, existem dores, singularidades e pontos a serem superados.
Os sistemas também carregam emaranhamentos que são situações que experienciamos que não tem correspondência com o contexto.
As crianças ou ainda adultos de maneira inconsciente carregam em suas lealdades invisíveis que antes da felicidade, vêm os pais.
Assim, de maneira inconsciente a pessoa vive lealdades que pertencem ao seu sistema a fim de pertencerem ou ainda de salvarem seus pais.
A lealdade se apresenta de diferentes formas como um sentimento, como repetir um fracasso, viver uma mesma situação de pobreza, viver a mesma doença de algum antepassado, ou infelicidade que a pessoa não precisaria estar vivendo, mas buscando ser leal ao seu sistema acaba atraindo aquela mesma situação para sua vida de maneira inconsciente.
Quem veio depois deve olhar com amor o destino das pessoas porque muitas histórias foram construídas com amor e sangue para permitir que nós viéssemos depois.
Seria uma abertura de caminhos para os descendentes.
No entanto a lealdade segue o princípio do pertencimento, uma vez que as pessoas tendem a ser leais com medo de serem excluídas pelo bando por fazerem diferente, pois acreditam na máxima que é melhor ser infeliz em bando do que feliz sozinho.
Embora nossa mente acredite que nós só podemos pertencer a nossa família de origem, nós podemos fazer um pouco diferente com respeito e reverência e ainda assim permanecer pertencente a esse sistema e a outros.
Assim, a lealdade não nos permite enxergar as coisas boas e oportunidades que o universo nos oferece o tempo todo e inclusive renunciamos a nossa felicidade somente com o objetivo de pertencer.
No entanto, fazendo os movimentos corretos dentro do nosso sistema, sempre com muito respeito e reverência, podemos pedir licença para fazer diferente do que já foi feito para abrir caminhos para que nossos descendentes sejam felizes, pois sempre é tempo de termos uma infância feliz e nos curarmos.