O relacionamento dos meus pais, é ainda hoje um relacionamento duradouro, estável, de muita cumplicidade e respeito.
São de gênios muito fortes, que tem muito vigor e de personalidades firmes. Casaram numa idade muito boa, minha mãe com 22 anos e meu pai com 29 anos.
A cerimônia foi na igreja católica, tiveram 3 lindos filhos, eu sou a mais velha e meus dois irmãos, o do meio hoje casado e o mais novo, faleceu aos 19 anos, há 16 anos atrás.
Meus pais tiveram uma infância com boa criação, educação e carinho, tiveram seus pais sempre próximos, podendo aproveitar suas infâncias com eles.
Minha mãe, a filha mais velha, dos sete irmãos, tinha que ajudar a mãe a cuidar dos irmãos mais novos, e quando meu avô chegava cansado em casa, todos tinham que correr para os quartos e ficarem quietinhos.
Conta ela, que tiveram uma criação boa, com escolas boas e bons modos, podiam brincar em horas de lazer e ajudar aos pais na hora de serviço.
Meu avô materno, era rígido na criação dos filhos, os filhos os que digam, que quando o pai dizia, silencio ou quando os irmãos brigavam entre si, apanhavam todos, para aprenderem a lição.
Minha avó materna, apaziguava as brigas dos irmãos, com muitos filhos, era dona de casa, não tinha tempo para brincadeiras; dava carinho com muita boa criação, ensinando com os afazeres da casa, naquela época, não se tinha muito tempo para dar colo, mimar, bajular, mas dava-se muito amor.
Os Avós se amaram muito.
Até hoje é a matriarca da família, aos seus 85 anos, sempre com os filhos ao seu redor, cuidando dela.
Meu pai, o filho mais novo, tem uma irmão com diferença de 10 anos de idade, tiveram uma boa criação, com boa educação, brincaram pouco na infância.
Com 18 anos foram estudar fora, em outro pais.
Meu pai, estudou por dois anos na Alemanha em colégio rígido, que aprendeu a ter educação rígida, estudou técnico em engenharia e conseguiu bom trabalho e veio para a América, no Uruguai, mas não era bem isso que queria, então, recebeu uma proposta para trabalhar aqui em Cascavel.
Depois de três anos conheceu minha mãe e logo se casaram.
Meu avô paterno, como teve que vir da Europa, por causa da guerra, veio com 18 anos, para a América, no Uruguai, deixou seus 5 irmãos e veio com um irmão no navio.
Perdeu sua mãe muito cedo, e seu pai, depois que veio para a América nunca mais viu.
Era um pai muito rígido, sofrido da guerra, nunca mais viu seus irmãos, teve notícias por um tio, da sua família de como foi deixada na guerra e como sofreram, com isso ficou muito entristecido e aprendeu a focar no trabalho.
Casou com minha avó, tendo 10 anos a mais do que ela, tiveram uma boa relação de casal, se gostavam muito, puderam viajar para vários países, viveram bem.
Minha avó paterna, teve que vir da Europa, para a América do Sul, no Uruguai também, igual ao avô, vindo de navio, sozinha aos seus 8 anos de idade, para ser criada pela tia, deixou a mãe lá com o irmão, e só viu a mãe e o irmão.
Quarenta e cinco anos depois, quando ela e o meu avô conseguiram trazê-la em numa visita à América, minha Avó, teve uma criação boa, por conta que a tia era esposa de um comandante de navio, e por conta que a tia, perdera seu filho, na mesma época que o avó nasceu, queria muito criá-la.
Mas por conta da tia ter arrumado um segundo marido, fez a minha avó se casar muito cedo, aos 13anos.
Então agora, minha vida é muito mais leve e muito abençoada, porque vocês, meus avós, meus pais, meus antepassados, viveram tudo o que viveram, para hoje eu poder ter uma vida, muito mais leve e hoje com muita gratidão e amor, vocês moram em meu coração.
