Este módulo me fez avaliar tantas coisas em minha vida, em meu sistema familiar. Fez com que eu me olhasse de uma forma diferente.
Agora não consigo passar em frente a um espelho sem falar: eu me amo, eu me aprovo, eu mereço amor.
Consigo analisar, do ponto que sai até onde cheguei, o quanto já me modifiquei, o quanto já cresci ...
Minha família faz parte de um grande emaranhado. Minha mãe tem muitos campos de dor, hoje consigo ver. Ela criou a minha irmã e a mim tentando nos incluir nesses mesmos pensamentos, com as mesmas limitações. Tanto é que eu me rebelei e saí considerada a ovelha negra, a que não tem coração, a que é egoísta e não pensa nos outros.
Hoje, com tudo que tenho aprendido, sei que não sou assim. Sei que esse amor doentio que não deixa o outro crescer, que não deixar o outro ir para a vida, que quer controlar e manipular, não é amor.
Eu sinto muito, eu vejo, mãe, toda a sua dor. Sinto muito por todo abandono que você passou, toda carência, todo medo, mas os medos são seus, esses sentimentos exagerados de preocupação e falta de confiança são seus.
Tomo o que é meu e vou para a vida, pois eu mereço ser feliz. Eu sou pequena, você é minha mãe e eu te reconheço e te honro como tal, mas devolvo as suas pedras e sigo para a vida de forma livre.
Sigo livre do sentimento de culpa, pois eu sempre fiz o melhor que pude.
Quero honrar a nossa família e fazer o melhor com a vida que você me deu.
Corta-me o coração não conseguir fazer com que minha irmã venha comigo nesse processo, mas há pessoas que preferem a dor a ter que mudar (é mais fácil). Até envie para ela o livro "Você pode curar sua vida", acha que ela leu? Não né...
O que posso fazer com isso? Nada, cada um a seu tempo.
Sei de mim, que vou seguindo me curando, aprendendo e seguindo, me amando e seguindo, porque tenho a certeza de que eu não tenho culpa de nada e sempre fiz o melhor que pude em tudo.