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CONSTELAÇÕES E VIDA CONJUGAL

CONSTELAÇÕES E VIDA CONJUGAL
Maria Edna Fischer
ago. 19 - 3 min de leitura
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CONCLUSÃO DO MÓDULO 3 -

Como falar da vida conjugal de meus pais? Pouco sei, não me lembro de vê-los juntos conversando ou se acariciando, mas nunca os vi discutindo ou brigando. Quando meu pai morreu eu tinha 10 anos e não prestava atenção nestes aspectos, mas no além do aparente acabei buscando uma pessoa que não gosta de brigar ou discutir e que também não demonstra amor e nem carinho.

Da infância de meu pai nada sei. Já minha mãe, contava que ia para a escola de tamanco de madeira e que os tirava e carregava na mão porque escorregavam para andar na geada. Deve ser por isso que eu tenho os pés tão gelados rsrs.

Minha mãe estudou só até o terceiro ano, aprendeu a bordar na escola e admirava que a professora fazia desenhos à mão livre diretamente no pano para as meninas bordarem. Apesar de minha mãe ter estudado tão pouco tempo, fazia contas de cabeça com rapidez e precisão.

Pelo que sei, minha mãe só namorou meu pai e se casou nova, com 18 anos, enquanto ele era 10 anos mais velho que ela. Meu pai foi como soldado para a Itália para lutar na segunda guerra mundial e lá ficou por um ano, deixando no Brasil uma namorada e pedindo que ela o esperasse.

Essa mulher não acreditou que ele voltaria, pois poucos soldados voltavam da guerra, e não o esperou! Lá na Itália meu pai teve uma namorada; a guerra tinha cessado mas os soldados deveriam permanecer em prontidão até se ter certeza que a guerra tinha acabado mesmo.

Sei disso porque havia uma foto de uma mulher na malinha de fotos da minha família e quando perguntávamos para minha mãe quem era aquela pessoa, ela dizia que era a namorada do pai da Itália.

Na época eu não ligava pois não entendia o que significava isso, mas por que será que minha mãe mantinha essa foto lá, no meio das fotos da família?

Voltando da Itália, meu pai foi procurar a tal namorada que deixara no Brasil, mas esta lhe disse que não queria casar com ele. Contudo, recomendou que fosse até a casa de seu irmão pois tinha uma linda filha que se chamava Maria, com quem poderia se casar.

Então, meu pai foi e casou-se com a sobrinha da ex-namorada, minha mãe. Gratidão a esta tia avó que não quis casar com meu pai. Gratidão a esta namorada da Itália que não segurou ele por lá, pois assim ficou livre e pôde casar-se com aquela linda mocinha Maria, formando uma grande família, 11 filhos nascidos e 3 não nascidos.

Hoje me dou conta do porquê eu gosto tanto de músicas italianas, em especial a música Caruso que fala de partida e de amor, já que meu pai partiu da Itália deixando um coração partido.

Gratidão a meu pai, tudo foi como tinha que ser. Eu agradeço a todo seu sacrifício e todo o seu empenho e o de minha mãe para nos dar a vida e o sustento. Gratidão!

 

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