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CONCLUSÃO MÓDULO 4 - QUE TENHAS O TEU CORPO - HABEAS CORPUS

CONCLUSÃO MÓDULO 4 - QUE TENHAS O TEU CORPO - HABEAS CORPUS
Gisele Reis
jun. 25 - 4 min de leitura
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Formação Real em Constelações Sistêmicas - Turma 1

Essa expressão latina, tão comum no mundo jurídico, nos remete ao direito que um acusado tem de ter seu corpo físico em liberdade até o dia do julgamento. Porém se atentarmos para o significado original da frase, podemos refletir sobre o direito que temos de soberania sobre nosso próprio corpo, mas que nem sempre exercemos. Estamos desconectados de nossos corpos. Como exercer o direito a algo que não conheço bem?

Quando somos acometidos por sintomas estranhos, dores ou doenças percebemos o quão pouco nos conhecemos e nos cuidamos e como isso nos assusta. Não prestamos atenção às nossas necessidades e apenas delegamos a terceiros, no caso a um médico, a compreensão do que se passa conosco. Mas o corpo tem suas dinâmicas e seus sinais.

Aliás, ele dá sinais todo o tempo do que está lhe alimentando, nutrindo, ou desgastando e adoecendo. Sua fala vem através dos sintomas e das doenças. Esses não são nossos inimigos, como geralmente tratamos, mas são nossos aliados, pois nos trazem as mensagens de que precisamos transformar algo que está em desequilíbrio, em sofrimento, para que possamos ficar de novo saudáveis.

Os sintomas são a maior causa de alguém procurar uma terapia, pois quando há um sofrimento que não se consegue resolver através da medicina e de medicamentos, somos obrigados a, através de uma terapia, olhar para isso. Assim, a maioria das pessoas chegam ao terapeuta esperando respostas prontas e imediatas para suas questões, pois estão acostumadas a ter essa atitude com a medicina ocidental. Ainda não aprenderam a se apoderar de seus próprios corpos, corações, mentes e almas.

O médico húngaro, Gabor Maté, especialista em traumas, no documentário "The Wosdom of Trauma", fala que vem daí todas as doenças e sintomas. Ele diz que o trauma é basicamente uma desconexão do ser e que quando nos desconectamos de nós mesmos, também bloqueamos a intuição. Dessa forma não reconhecemos o que poderia nos proteger do perigo.  

Me surpreendeu saber que, assim como o saber sistêmico, esse cientista também reconhece que os traumas podem vir de memórias transgeracionais. 

Olinda Guedes nos apresenta nesse módulo como as questões não resolvidas no passado por nossos ancestrais, permanecem no campo do sistema como pendências a serem solucionadas. O que foram injustiças cometidas, exclusões, esquecimentos, traições, crimes ou humilhações, retornam adiante em outras gerações, através de um membro do sistema para serem reorganizados, incluídos, reparados, a fim de trazer de novo o equilíbrio e liberar as próximas gerações. O sistema se autorregula.

Um outro aspecto muito interessante é a percepção e a compreensão dos sinais que os sintomas e doenças podem revelar.  O corpo tem sua linguagem e precisa ser entendido. Uma dor no joelho mostra que pode ter havido uma questão relacionada a humilhação, pois é assim que alguém se postura quando submetido a uma situação humilhante, como por exemplo os escravos ao serem punidos.

Porém cada indivíduo tem sua particularidade que não pode simplesmente ser tratada de forma generalizada. A humilhação que carrego é relacionada a um acontecimento particular do meu sistema. Por isso, a importância de se ter intimidade consigo mesmo e consciência do seu corpo, sua alma. Quanto mais nos conhecemos mais perto de nós ficamos, quer dizer, não nos desconectamos.

Então, volto ao início da reflexão, precisamos ter nossos corpos de volta: Habeas Corpus!  

 

 

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