Esse módulo 2… nem sei por onde começar sobre o que ficou para mim.
Ficou tudo, para vida toda!
Com relação ao conceito sistêmico de lealdade, reverberou totalmente, pois a vida inteira eu vivi como se tivesse feito um pacto com minha mãe. Foram anos de desconfortos com dores e doenças exatamente como ela.
Por muitos anos, já casada, com minhas filhas era como se eu não conseguisse estar inteira com elas, pois estava eu lá, agarrada na minha mãe, sentindo tudo o que ela sentia e ainda como criança, querendo que ela olhasse para mim.
A forma como isso interferiu na criação de minhas filhas foi de um amor bem adoecido e por muitas vezes houve uma inversão de papéis, sendo minha filha mais velha no lugar de mãe e eu, de filha e com isso eu não amadurecia como mãe, e não conseguia me posicionar no meu lugar.
Já fizemos muita terapia a fim de curar nossa relação. E a parte que a professora Olinda fala sobre a infância nesse módulo foi fantástica! A maneira como eu agia na minha infância para pertencer era ficando doente.
E realmente, fazemos tudo para pertencer, inclusive renunciar a nossa felicidade. Eu não me permitia viver feliz porque vivi vendo minha mãe reclamando de dores e com medos de seus medos, inclusive de ficar sem dinheiro.
Mas agora eu sei, que quando estamos no lugar certo podemos nos curar, nos empoderar. Agora eu sei que sendo saudável, próspera e feliz, estarei honrando a vida que ela me deu. Sei também que curando minha criança ferida, eu consigo me colocar no colo, me acolher, me amar.
Sei também de onde vinha tanta carência, sempre faltando coisas e insatisfeita com a vida. E hoje compreendo que ela fez o melhor dela e vejo que ela me deu muito mais do que teve.
Na aula seis, a mestra fala que tudo aquilo que faz o amor dar certo está na infância de nossos pais, dos nossos avós, bisavós, pois a infância deles moram em nós. Então, naquele momento mais uma vez, eu constelei. Dei um lugar no meu coração a todos eles, crianças. Foi forte, foi lindo e curativo.
Encerro essa conclusão desse módulo que está resumido ao máximo (minha vontade é ficar aqui escrevendo, escrevendo…) expressando também grande satisfação e um conforto que tomou conta do meu coração quando ela falou dos relacionamentos e eu sou a prova viva de que não tem como ser feliz com um cônjuge se antes você não for feliz com seus pais.
A extrema importância de nos amar, nos curar pois, ninguém vai nos fazer felizes se antes de tudo nós não nos fizermos felizes. Uma parceria só funciona se antes de tudo, cada uma dessas pessoas forem felizes com elas mesmas.
Muitas fichas caíram quando ouvi também sobre a solidão e o medo de ficar sozinha que é algo que eu já estava trabalhando dentro de mim. Uma riqueza de conteúdos incríveis, incríveis.
Me sinto muito bem aqui, agora. Uma sensação de completude toma conta de mim , no ar uma fala, algo assim: não preciso de mais nada. Está tudo aqui e está tudo certo!
Gratidão!!