Comecei a trabalhar muito nova, sentia a necessidade de ajudar a minha família mas também queria fazer algo diferente.
Aos doze anos fui babá de uma menina de um ano, com treze anos trabalhei meio período como garçonete na estação rodoviária da minha pequena cidade e na hora do almoço eu servia num restaurante. Aprendi muito e sou grata por tudo, tinha muito trabalho, ganhava pouco, mas o que eu fazia me trazia felicidade.
Meu terceiro trabalho foi num laboratório de análises clínicas.
Hoje reflito de quanta coisa eu fiz sem muita noção de vida mas com grande senso de responsabilidade. Coletava sangue dos pacientes para exames, preparava os materiais (fezes) para colocar na centrífuga e sugava as pipetas com sangue até que atingissem o nível exato para a bioquímica avaliar.
Aprendi a fazer na prática. Corria o risco de contrair doenças sem saber, mas graças a Deus valeu a pena porque aprendi muito.
Casei aos dezesseis anos, tive dois filhos, fiquei um tempo em casa cuidando deles, voltei a estudar porque havia parado após o casamento, me formei pedagoga pela UFMS, lecionei em rede estadual por dezesseis anos, fiz duas pós-graduações (em educação especial e em psicopedagogia).
Há dez anos fui efetivada como psicopedagoga no meu município, amo o que faço e tenho profundo respeito e gratidão por tudo. Agradeço aos meus pais pela educação que tive e pela minha capacidade de superar dificuldades e vencer.
Quero ser uma excelente consteladora para poder ajudar os meus alunos a superarem as dificuldades escolares e os distúrbios de aprendizagem.
Tudo o que estou aprendendo aqui no curso está abrindo horizontes na minha mente e na minha vida familiar e profissional.
Gratidão!
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