As Constelações Épicas é uma intervenção sistêmica elaborada por Olinda Guedes, baseada no seu primoroso e consistente trabalho como terapeuta sistêmica.
É uma perspectiva que vai de encontro com o sentido da vida, toca profundamente o nosso coração, pois olha para a vida dos inocentes.
As Constelações Épicas trabalham com temas de vida e morte, exigem reconciliação, tomada de consciência, disposição para fazer o necessário.
Há de se tomar cuidado ao tocar nestes temas, pois, muita culpa é mobilizada, muito ressentimento pode vir à tona. São temas traumáticos.
A abordagem das Constelações Épicas olha especialmente para as crianças não nascidas do sistema, seja por abortos provocados ou espontâneos; gemelares ou não. Possibilita que estas crianças sejam incluídas, não só através dos seus pais e/ou genitores, mas também por pessoas ligadas profundamente ao seu sistema.
Sabemos que há excluídos dentro do sistema, principalmente crianças não nascidas, quando as pessoas se sentem inquietas, quando em movimento, quando pensam demais, quando falam demais, quando questionam demais ou quando quietas demais. Principalmente crianças que tem em seus sistemas abortos provocados, elas têm dificuldade de verbalização.
Os abortos espontâneos podem significar uma tentativa do sistema de prantear aqueles que partiram sem pranto, sem lamento, sem saudades. São as mortes que ficaram invisíveis.
De qualquer maneira o amor sempre traz de volta e o caminho de solução se abre se houver arrependimento no coração do cliente.
Se alma fizer este movimento de amor e reverência a vida, portanto é necessário o perdão, quem vem do lugar de concordar com o destino de cada um. O não julgamento humano é a única forma possível de perdão.
Sem arrependimento não há cura, não há inclusão.
Incluindo todos os que pertencem, o sintoma cumprirá seu papel e desaparecerá, isto é o que chamamos de milagres.
O pertencimento é uma experiência.
Por esta razão o cliente através de exercícios sistêmicos conduzidos e/ou orientados pelo terapeuta, podem incluir todos aqueles que estão excluídos.
É importante, portanto, que o terapeuta dê um lugar no seu coração para o cliente e verdadeiramente não o julgue e se coloque ao lado do que sofre, ao lado da vida, porque ela não aceita barganhas.