As Constelações Épicas, metodologia da mestra Olinda Guedes, trabalham com profundidade os temas difíceis de falar ou lembrar, que traumatizaram a pessoa ou o sistema com os temas de vida e morte.
Por serem difíceis na alma de quem viveu, esses temas, inconscientemente, acabam sendo excluídos, não falados e a situação ou contexto se volta para a família, pois é preciso olhar para o que não foi visto, fazer o movimento do eu vejo, eu te dou um (bom) lugar; são sofrimentos que precisam de reconciliação, pois ninguém e nem nada é dispensável, ninguém pode ser esquecido e tudo e todos devem incluídos e respeitados, sem julgamento.
Quando coisas inexplicáveis acontecem dentro de um sistema, é provável que isso resulte da energia dos emaranhamentos que não foram descobertos ou foram segregados para o conforto momentâneo daquele sistema.
Somente um novo olhar poderá levar a liberdade; esse é o primeiro passo para sair da "solidão", do sofrimento, do trauma, é a reintegração do que recaiu sobre o sistema.
Nessas situações difíceis é necessário dar um lugar no coração para o cliente e verdadeiramente não julgar a situação, se colocando ao lado do que sofre, ao lado da vida.
Quando o terapeuta se conecta apenas com a vítima e não com o sistema como um todo, ele acaba trabalhando de uma forma que apenas piora toda a situação.
Todos os membros de uma família, devem pertencer, quando alguém é excluído, reprimido ou esquecido, todo o grupo familiar reage como se tivesse acontecido uma grande injustiça que precisa ser reparada, então o amor e as lealdades trazem de volta para a busca e possibilidade de um novo caminho, um caminho de solução.
Como terapeuta, estando a serviço da reconciliação, é necessário trazer um novo olhar que levará a liberdade e assim será possível a cura através da esperança e alento de unir o que foi separado, pois a cura começa quando olhamos e incluímos.
O caminho será feito pela alma do cliente através de um movimento de amor, perdão e reverência para a vida, do direito básico do pertencer dos vivos ou dos mortos; sem arrependimento não há cura, não há inclusão.
A vida não admite barganhas - Olinda Guedes