A constelação épica é uma abordagem sistêmica criada pela professora Olinda Guedes ao longo de anos de trabalho. Ela foi aplicando e observando o movimento do campo na busca de soluções para seus pacientes. Constituem-se de temas ligados com o início da vida e com a morte, abortos provocados e espontâneos, filhos ignorados e crianças não nascidas que não ganharam seu lugar e os grandes sofrimentos da humanidade.
O que chega de forma clara para o terapeuta se torna muito mais fácil de ser compreendido. Ela constatou que crianças hiperativas estão fazendo por quem não teve um lugar no seu sistema, como por exemplo quando os pais dizem "queremos constelar meu filho que é hiperativo"!
Através dessa afirmação, fica bem claro que existe filho excluído no sistema, e tanto a criança como idosos e animais da família passam a ter comportamentos de conflito e reativos.
Outra forma de manifestar a exclusão é quando, por exemplo, um casal diz que tem três filhos e ignora os abortos que ocorreram. Chegam ao terapeuta dizendo: um dos meus filhos vive no mundo da lua, está sempre zen, calmo, tranquilo. Chega a conversar com seus brinquedos como se tivesse alguém com ele, dá até nome pro amiguinho imaginário, o outro filho não para quieto, parece que sempre está procurando por algo.
Segundo Mariane Frank “, os filhos mostram tudo aquilo que os pais escondem em seu coração”. A Professora Olinda propõe que os pais nesses casos celebrem os filhos, incluindo e fazendo algo para lembrar a criança na família.
Uma mulher, que teve filho abortado, pode sentir fortes dores e ter fibromialgia por estar em ressonância com os filhos. A cura vem quando acontece o movimento sistêmico, fazendo o reconhecimento e a inclusão. A forma como se lida com o aborto deve ser levada em conta. Quando a família já incluiu seu filho, ela se referem ao filho de maneira diferente. Se perguntarem quantos filhos tem o casal, vai contar todos, inclusive aquele que abortou também.
É comum ouvir mulheres dizendo sem nenhuma maldade a seguinte expressão: ” é melhor abortar do que ter um filho inválido”. A partir do aprendizado do conhecimento sistêmico, vimos que não é assim, o aborto traz dor e sofrimento para o sistema familiar. Tanto o espontâneo como o provocado precisam ser incluídos na família.
Como saber se tive filho gemelar? A mulher engravida de gêmeos e pode ser que, nos primeiros dias, um pequeno embrião é expelido. Pode acontecer um sangramento e a mulher vai ao médico e acha que está tudo bem. Ela nem imagina que, naquele sangramento, estava perdendo um filho. O feto que ficou nasce e, com o passar do tempo, passa a ter comportamentos do tipo: inventa irmão que não existe, quando ganha algo diz que ganhou do irmão, tem amigo imaginário, etc...
Nos gêmeos sistêmicos, uma gravidez é muito próxima da outra e o bebê fica em sintonia com o irmão que nasceu antes ou depois dele. Crianças que nasceram com dois anos de diferença são considerados sistêmicos. Quando uma dessas crianças é muito disfuncional, tem que ser incluído através de constelação no sistema familiar. O relacionamento abusivo entre irmãos, o amigo imaginário, e muito ciúme do filho durante gravidez da mãe é indício de gemelar. "Querida mamãe, cadê os filhos não nascidos?"
Para Olinda Guedes, o sofrimento nada mais é que deixar para depois, deixar de fazer o que gosta para depois e correr o risco desse dia nunca chegar, não existir no calendário.
A benevolência, a compaixão e a caridade são infinitas oportunidades de se praticar o bem. O tempo é precioso e muitos dão total prioridade aos entretenimentos, perdem tempo deixando de utilizá-lo com coisas preciosas que a vida oferece.
Honre seu tempo!
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